
Dezenas de viticultores estão esta quarta-feira em protesto na cidade de Peso da Régua, em Vila Real. Exigem que o Governo encontre soluções para combater a crise que está a afetar a região.
O protesto deveria começar por volta das 10 horas. Estava planeada com a GNR uma marcha lenta que delineava os locais por onde a manifestação iria passar, mas isso acabou por não acontecer. Os viticultores decidiram fazer o seu próprio protesto. Invadiram a Estrada Nacional, cortaram a circulação.
À SIC, um dos viticultores que está a participar explica que a situação está muito complicada, mesmo com os apoios anunciados pelo Governo. “A queima dos vinhos não chega aos pequenos e médios produtores, só chega às casas exportadoras.” “A minha produção está a metade porque não vale a pena tratar”, explica.
A manifestação foi convocada pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e foram entre 400 e 500 os produtores que se concentraram em frente à estação da Régua, no distrito de Vila Real. Mas, na hora dos manifestantes avançarem, uns seguiram a organização pelas ruas da cidade, enquanto outros permaneceram no mesmo local.
Ouviu-se a música de Zeca Afonso "Grândola Vila Morena" e apesar do cântico "Douro unido jamais será vencido", os viticultores separaram-se devido a divergências quanto à forma como deveria decorrer o protesto.
Os manifestantes empunharam cartazes onde se podia ler "O Douro está no abismo, na defesa da nossa sobrevivência e das nossas terras nós conseguimos", "Nascemos sem futuro", "Queremos escoamento para as nossas uvas", "Fiscalizar mostos e vinhos oriundos de fora da região", "Nós fizemos o património", "Viticultores do Douro exigem ao Governo tratamento igual à TAP e ao BES", "Fiscalizar mostos e vinhos oriundos fora da região" e "Vinhos do Douro só com uvas do Douro".
Alguns vestiram camisolas negras e o viticultor Manuel Covas até carregou um pulverizador às costas, usado para fazer os tratamentos nas vinhas. A SIC esteve em direto do local