"A companhia analisa constantemente oportunidades em novas áreas que sejam estratégicas para a recomposição de reservas e rentáveis", declarou a estatal brasileira à Lusa, a propósito de um evento para promover parcerias que impulsionem a colaboração entre empresas brasileiras e africanas, que vai decorrer hoje no Rio de Janeiro.

Dessa forma, acrescentou, "está atenta às oportunidades" nas "bacias da margem atlântica da África, entre elas Angola".

As bacias da África, referiu, são do interesse da companhia por terem semelhanças técnicas e geológicas com bacias brasileiras, como a de Campos, a de Santos e a de Pelotas.

A empresa brasileira anunciou, em fevereiro de 2024, a aquisição de três blocos exploratórios em São Tomé e Príncipe, anteriormente operados pela Shell.

"A operação marca a retomada da atuação exploratória no continente africano, com o propósito de diversificação de portfólio", destacou na altura, detalhando que a aquisição está alinhada à estratégia de "recomposição das reservas de petróleo e gás por meio de exploração de novas fronteiras, tanto no Brasil quanto no exterior.

"No caso de São Tomé e Príncipe, analisámos como uma boa oportunidade, sobretudo por estarmos atuando em conjunto com parceiros importantes da indústria", reforçou a empresa brasileira.

A aquisição em causa foi uma operação em conjunto com a Agência Nacional de Petróleo de São Tomé e Príncipe e a Galp.

"Desta forma, a Petrobras adquiriu 45% de participação nos blocos 10 e 13 e 25% de participação no bloco 11", detalhou.

A aposta em novas fronteiras é para continuar, garantiu a empresa, até porque a empresa acredita que "as novas fronteiras exploratórias de óleo e gás fazem parte da solução energética do futuro, garantindo fornecimento seguro de energia, além de se desenvolverem de forma integrada com outras fontes de energia".

A Petrobras prevê realizar investimentos de 111 mil milhões de dólares (106,7 mil milhões de euros) entre 2025 e 2029, dos quais 77 mil milhões de dólares (74 mil milhões de euros) serão aplicados no setor de exploração e produção, e 20 mil milhões de dólares (19,2 mil milhões de euros) em refinação, transporte e comercialização.

 A Câmara Africana de Energia organiza hoje ao fim do dia o evento "Investir nas energias Africanas" em busca de oportunidades de negócio e um "reforço da parceria entre o Brasil e África", no Rio de Janeiro, onde espera reunir cerca de mil delegados.

MIM // ANP

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