João Lourenço falava no complexo industrial do Grupo Carrinho, a maior empresa agroalimentar angolana, numa cimeira sobre o Corredor do Lobito que contou com a participação dos seus homólogos norte-americano, Joe Biden, no seu último dia de visita ao país, da Republica Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, da Zâmbia, Haikande Hichilema e do vice-presidente da Tanzânia, Philip Mpango.

O tema foi a importância estratégica desta infraestrutura projetada para ligar, por caminho-de-ferro, a costa angolana (Oceano Atlântico) ao Oceano Índico, facilitando o transporte de minerais críticos e produtos agrícolas, entre outros bens.

João Lourenço defende que o compromisso político de todos os intervenientes no projeto é "um facto inegável", sendo também importante que os países africanos diretamente envolvidos, os financiadores e o consórcio empresarial que tem a concessão," promovam as ações que se impõem para a concretização deste importante projeto", com impactos positivos no transporte marítimo e ferroviário internacional, no comércio internacional, na transição e segurança energética e na segurança alimentar.

O Presidente angolano reforçou o compromisso de Angola, "que vive uma situação de paz e estabilidade", com as suas obrigações, sublinhando que o objetivo é projetar a otimização desta importante infraestrutura como parte integrante de uma rota internacional e transcontinental, que ligue "em segurança os continentes americano, europeu, africano e asiático com ganhos nos tempos de transportação e custos dos fretes marítimo e ferroviário".

João Lourenço destacou o contributo do Corredor também para a dinamização do comércio intra-africano, no contexto da Zona de Livre Comércio Continental Africana e do comércio mundial.

Será "um fator impulsionador do desenvolvimento económico que vai proporcionar a crescente participação das Pequenas e Médias Empresas nas cadeias de valor empresarial, sobretudo na agricultura, na indústria e na mineração", afirmou.

 O Corredor do Lobito é o grande foco da visita de Estado a Angola, que termina hoje, do Presidente norte-americano, Joe Biden.

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