
Portugal foi o país da União Europeia (UE) a registar o maior aumento de preços das casas no primeiro trimestre de 2025, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat. Nos primeiros três meses do ano, os preços subiram 16,3% no país.
No conjunto da UE, os preços das casas, medidos através do Índice de Preços da Habitação (IPH), aumentaram 5,7%, enquanto na zona euro o aumento foi de 5,4%.
Entre os Estados-Membros para que existem dados disponíveis, apenas a Finlândia registou uma quebra nos preços, no primeiro trimestre do ano, com uma variação homóloga de -1,9%.
Os restantes 25 países verificaram um aumento homólogo, tendo os aumentos mais significativos imediatamente a seguir a Portugal sido sentidos na Bulgária (15,1%) e na Croácia (13,1%).
Relativamente ao trimestre anterior, os preços da habitação aumentaram 1,4 % no território da UE e 1,3% na zona euro, segundo o serviço de estatísticas da União, tendo os preços diminuído em quatro países com dados disponíveis e aumentado em 22.
As maiores descidas foram registadas na Eslovénia (-2,0%), no Luxemburgo (-1,2%) e na Finlândia (-1,0%), enquanto os maiores aumentos foram registados na Hungria (+5,2%), em Portugal (+4,8%) e na Croácia (+4,5%).
Preços das casas em Portugal mais do duplicaram em 15 anos
As rendas aumentaram a um ritmo mais lento do que os preços habitacionais no primeiro trimestre do ano, apresentando uma variação homóloga de 3,2%. Comparando o primeiro trimestre de 2025 com 2010, os preços da habitação aumentaram mais do que as rendas em 21 dos 26 países da UE para os quais existem dados disponíveis.
No período considerado, os preços das casas mais do que duplicaram em Portugal, que verificou, em 15 anos, um aumento de 130% do valor. A Itália foi o único país onde os preços das casas diminuíram (-4%), sendo que países como a Hungria (+260%) e a Estónia (+238%) viram os seus preços mais do que triplicar neste período.
Durante o mesmo período, as rendas aumentaram em 26 países da UE, com os maiores aumentos a ser registados na Estónia (+220%), Lituânia (+184%), Hungria (+124%) e Irlanda (+115%) e a única diminuição a ocorrer na Grécia (-11%). Em Portugal, a variação foi de 47,5%.