O anúncio foi feito pela administração durante as comemorações dos 100 anos da fundação da Empresa das Águas Alcalinas Medicinais de Castelo de Vide, adquirida pelo grupo em 1971, dando origem ao atual centro de captação e enchimento de Vitalis.

Em comunicado à agência Lusa, o grupo explica que aproximadamente dois milhões de euros já foram investidos para a modernização dos equipamentos industriais, melhorias nas instalações e na criação de uma nova estação de tratamento de água industrial.

Esta operação, segundo o grupo, tem vindo a "contribuir significativamente" para a redução do consumo de água.

"Desde 2010, fruto do investimento continuado do grupo nesta unidade fabril, os consumos específicos de água já foram reduzidos em 66% e os de energia elétrica em 27%", lê-se no documento.

Também as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) reduziram, segundo o Super Bock Group, em "55%".

A estratégia de sustentabilidade do grupo prevê para Castelo de Vide o surgimento da primeira de seis comunidades energia que a empresa está a implementar nas suas unidades, em parceria com a Greenvolt, com o "objetivo de atingir a neutralidade carbónica" em 2030.

"Os 1.465 painéis fotovoltaicos instalados nesta unidade vão permitir uma produção de 1180 MWh/ano", lê-se no comunicado.

De acordo com o Super Bock Group, 60% desta energia será canalizada para autoconsumo da fábrica e a restante disponibilizada à comunidade local, famílias e empresas, numa área circundante de quatro quilómetros.

Nos próximos cinco anos, o investimento do Super Bock Group continuará a ter como "foco" projetos de modernização dos centros de produção e enchimento de Vitalis, para "aumentar a eficiência" das linhas de enchimento, com "foco especial" de embalagens retornáveis de vidro.

Esta aposta reflete, segundo o grupo, na circularidade das suas embalagens rumo à descarbonização.

"Em Castelo de Vide, 99,7% das embalagens de vidro que saem desta unidade já são de tara retornável", sublinham.

Citado no comunicado, o presidente do Conselho de Administração do Super Bock, Manuel Violas, revela que "faz parte da visão integrada" que o grupo tem para o país, a "dinamização" económica das regiões onde estão integrados.

"Na última década falamos de um investimento superior a 600 milhões de euros em ativos nacionais e portugueses dos quais muito nos orgulhamos", sublinha Manuel Violas.

Também citado no documento, o presidente executivo (CEO) do Super Bock Group, Rui Lopes Ferreira, explica que o plano de investimento em curso "reflete a importância do negócio" das águas lisas para o grupo e integra-se na estratégia de sustentabilidade, na qual a redução do impacto hídrico na atividade "é um dos principais compromissos".

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