O UniCredit informou neste domingo que detém uma participação de aproximadamente 4,1% no capital social da Generali, adquirida ao longo do tempo no mercado. E que uma parcela adicional de aproximadamente 0,6% é mantida como subjacente para atividades normais relacionadas.
“A ação é um investimento financeiro puro do banco que excede significativamente as suas métricas de retorno e tem um impacto insignificante no CET1”, referiu em comunicado.
Nesse comunicado, o banco italiano sublinha que “não tem interesse estratégico na Generali e continua totalmente focado na execução do plano UniCredit Unlocked, na oferta de troca em andamento do Banco BPM e no investimento no Commerzbank”.
O anúncio chega numa altura em que a banca italiana, que tem uma complexa interligação entre as principais instituições financeiras, lida com eventuais aquisições e fusões.
Em novembro de 2024, o UniCredit lançou uma oferta pública de aquisição ao Banco BPM. O objetivo declarado foi fortalecer a posição competitiva do UniCredit em Itália, criando um banco ainda mais robusto no mercado nacional.
Mais recentemente, o Monte dei Paschi di Siena (MPS) lançou uma oferta pública de aquisição ao Mediobanca, contando com o apoio do governo italiano. No entanto, o Mediobanca rejeitou a oferta, alegando falta de justificação industrial e financeira.
Neste cenário, de referir que o Mediobanca detém uma participação de aproximadamente 13% na Generali, sendo o seu principal acionista. De acordo com o diário financeiro italiano ‘Il Sole 24 Ore’, que divulgou as primeiras informações sobre a aquisição de ações da Ganerali pelo UniCredit, esta medida é vista como uma “oportunidade estratégica”, considerando o recente aumento do valor das ações da Generali, que ultrapassaram os 30 euros, atingindo o seu nível mais alto desde 2007.