David Draiman culpou “o antissemitismo” pelas vaias que recebeu ao entrar em palco durante o concerto de despedida dos Black Sabbath, que teve lugar em Birmingham, Inglaterra, no passado sábado.

O vocalista dos Disturbed fez parte de um “supergrupo” que incluiu ainda Mike Bordin, David Ellefson, Jake E. Lee, Adam Wakeman e Scott Ian, tendo interpretado ‘Shot In the Dark’, canção de Ozzy Osbourne, e ‘Sweet Leaf’, dos Black Sabbath.

Estima-se que as vaias tenham sido provocadas pelo apoio feroz de Draiman ao estado de Israel; há alguns meses, o músico foi fotografado a autografar algumas das bombas que o exército israelita lançaria depois sobre Gaza.

“Ninguém me mandou sair do palco, apesar do que diz a imprensa e o público do ‘libertem a Palestina’”, escreveu, no Instagram. “Houve alguns apupos, mas estive lá para homenagear os meus professores, os meus ídolos, os grandes Black Sabbath; não ia deixar alguns antissemitas impedir-me”.

Para Draiman, as notícias sobre as vaias que recebeu “alimentam uma narrativa, geram cliques, incitam ao ódio aos judeus", dizendo que os vídeos desse momento tiveram o áudio manipulado para que os apupos parecessem maiores do que o que de facto foram - sem provas.

“Tanto uma como a outra canção foram bem acolhidas. Mas os média não dirão isso. Ainda cá estou, ainda voltarei ao Reino Unido no outono, e será um sucesso, a julgar pela venda de bilhetes. Sou ferozmente pró-Israel, irei defender sempre o meu povo, e não me deixo intimidar. Lidem com isso”, rematou.