
A quarta sessão do julgamento que opõe Joana Marques aos Anjos deu muito que falar e a advogada dos irmãos Rosado não foi ‘nada meiga’. De acordo com o Observador, a humorista começou por explicar o por quê de não ter apagado o vídeo.
“A primeira carta que recebi dizia que o vídeo lesava a honra de Nelson e Sérgio. Não concordei e aleguei a minha liberdade de expressão”, começou por dizer. “Numa segunda carta disseram que iam avançar para tribunal… Calculo que seja por isso que estamos aqui”, referiu dizendo que desvalorizou porque recebe frequentemente essas mensagens quando alguém não gosta do seu humor
Contudo, a advogada dos Anjos revelou que o que está em causa é ter sido utilizado o hino nacional para o vídeo satírico “Ter deturpado a letra do hino é uma violação. Um ultraje”
“Não vamos chamar humor ao que ela faz”
A advogada dos irmãos Rosado continuou sobre a humorista: “imbuída deste espírito egoísta de poder que têm no social. E não têm qualquer censura. E acha que somos todos criaturas desprovidas de inteligência. E atentam contra a nossa capacidade cognitiva.”
No fundo, falando desta profissão: “no humor não são todos uns fofinhos que fazem tudo sem intenção. Não vou meter esses óculos cor-de-rosa. Porque os comentários que eu leio são de ódio, de difamação, de raiva. Pessoas que dizem que os Anjos nem são portugueses porque nem sabem cantar o hino”. Por fim, chamou incendiária a Joana Marques: “Ela o que fez foi largar um fósforo num fardo de feno e dizer que não sabia que ia arder. Aliás, ela não incendiou só um, incendiou dois fardos. Isto não é um circo. Ela diz que não há humor sem ofender. Eu não concordo. Mas aceito. Rir é nobre. Gosto muito. Mas não vamos chamar humor ao que ela fez. Até pode haver humor negro, humor verde, humor amarelo. Mas tem de haver responsabilidade”.