Quando Felipe VI se despediu emocionado da princesa Leonor, desejando-lhe “bons mares e ventos calmos” antes dos seis meses no navio-escola da Marinha espanhola, não mencionou os desafios médicos que ela poderá enfrentar.

“O ouvido interno sente movimento, mas os olhos não indicam que nos estamos a mover”

De acordo com a audiologista Daiana Martínez, o principal obstáculo será lidar com as náuseas provocadas pelo movimento das ondas. “O cérebro sente movimentos através do ouvido interno, olhos e músculos. Quando recebe sinais que não combinam, os enjoos podem surgir. Por exemplo, num barco, o ouvido interno sente movimento, mas os olhos não indicam que nos estamos a mover”, explicou à revista Mujer Hoy.

Outro problema possível é o barotrauma, resultado da despressurização súbita dos ouvidos, comum em manobras que envolvem mergulhos frequentes. “Os sintomas podem incluir bloqueio, leve surdez, tinnitus, dor de ouvidos ou, em casos graves, rutura do tímpano“, afirmou a especialista.

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Além disso, o confinamento prolongado no navio pode afetar os músculos e a saúde mental. Segundo a médica Patricia Guillem, “estar a bordo de um navio durante seis meses pode afetar-nos física e mentalmente”. Entre os problemas físicos estão dores musculoesqueléticas, atrofia muscular e dores nas costas e articulações.

A viagem que ditará o fim da formação na Marinha da Princesa Leonor

Texto: Redação VIP; Fotos: Shutterstock