Pedro Chagas Freitas viveu “o ano mais difícil”, nas palavras do próprio. Com o filho com uma doença rara, submetido a um transplante de fígado e internado três meses, o coração do escritor esteve sempre ‘nas mãos’.
À VIP, o pai do pequeno Benjamim deixa um conselho aos progenitores que estão a passar pela mesma situação: “Que aguentem, antes de mais nada. Nada há mais importante do que isso. Aguentem-se, chorem quando puder ser, quando tiver de ser, mas tentem rir contra o medo, contra o pânico, contra o desespero”, começou por dizer.
E confessa: “Quando mudamos o chip para a alegria, as coisas, por mais dolorosas que sejam, ficam mais digeríveis, até o escuro fica com uma textura diferente. Sentimos isso claramente. Quando caíamos mais, quando nos deixávamos afundar mais, parecia que tudo piorava, parecia que as notícias eram todas más.”
As boas notícias talvez cheguem quando os pensamentos positivos são mais fortes: “Quando conseguíamos sair, nem que por instantes, do buraco do pessimismo, começávamos a entrar num círculo mais positivo, mais suportável: menos asfixiante, pelo menos. ”
Por fim, rematou: “Quando estamos no interior da dor maior, não podemos ver nada, nada, nada. Somos cegos de tudo, mas podemos rir, fazer rir. A comédia salva. No meio da dor, nenhuma gargalhada é inútil.”
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