
Cristina Ferreira viu-se envolvida numa nova polémica. Enquanto apresentava o Dois às 10, e se falava de uma uma mulher vítima de um crime violento e que acabou morta, a apresentadora usou uma expressão polémica: “Não sei se esta mulher depois do baile entrou num carro com ele, e aí é que se calhar se pôs a jeito para que isso acontecesse. Hoje em dia, é mesmo não confiar em ninguém, nem na pessoa em quem mais gostamos”.
Os internautas repreenderam-na duramente e esta manhã acabou por ver-se obrigada a reagir: “Não tenho por hábito comentar polémicas da Internet mas como não posso compactuar com a desinformação e a caça ao like tenho de me manifestar”, começou por referir. E acrescentou que a Crónica Criminal no seu programa “éumespaço que nos últimos anos muito tem contribuído para a informação, alerta e até mudança na justiça portuguesa, falámos, infelizmente, de mais uma mulher morta.”“Na sequência do debate falei dos tempos que correm e de como não podemos já confiar em ninguém. O alerta tinha o propósito da defesa de cada um de nós em relação a desconhecidos ou relações abusivas e controladoras. A frase pôs se a jeito usada, no contexto, tinha tudo menos o propósito de culpabilizar a mulher, aliás o que se pretende é exatamente o contrário”, atirou.
“O apontar o dedo…”
Além disso, defende-se alegando que a frase foi tirada de contexto “provocou uma avalanche de partilhas e discurso de ódio, que vão exatamente no sentido contrário daquilo que apregoam algumas das vozes que se manifestam no combate à violência”. No seguimento, critica:“O apontar do dedo e a procura do erro no outro, de forma enviesada, não contribui para o combate, necessário e urgente, da violência doméstica”.
Por isso mesmo, finaliza com uma garantia:“Posto isto, vou continuar, no espaço que tenho profissional, a usar a minha voz e a dos meus convidados, psicólogos, advogados e inspetores da polícia, para o alerta, a informação e divulgação de tudo o que nos pareça essencial para uma sociedade melhor. Trabalho que faço há 20 anos. É no amor que evoluímos. Nunca no ódio.”