
Naquela que já se tornou a sua casa, a Cordoaria Nacional, volta a abrir portas, num espaço idealizado pelo atelier de arquitetura português Feeders, a ARCOlisboa. Nesta que é já a sua oitava edição, entre 29 de maio e 1 de junho vão estar representadas 82 galerias de 17 países — com forte presença de Espanha, Alemanha, Itália e Brasil —, sendo 30 delas portuguesas. E para garantir que mais pessoas podem experienciar esta mostra, que reforça o papel de Lisboa como um dos grandes polos artísticos europeus, nas tardes de dias 30 e 31 a entrada é livre para quem tenha menos de 25 anos.
A feira internacional de arte contemporânea, organizada pela IFEMA MADRID e pela Câmara Municipal de Lisboa e que na última edição levou à Cordoaria cerca de 13 mil visitantes, constitui-se como ponto de encontro para colecionadores, galeristas, artistas e demais profissionais vindos dos mais variados quadrantes do mundo, contando neste ano com três núcleos: o Programa Geral, que reúne 61 galerias; a secção comissariada Opening Lisboa, com uma seleção de 16; e As Formas do Oceano, integrando cinco galerias.
Pelo sexto ano consecutivo, será atribuído o Prémio OPENING Lisboa, distinguindo o melhor stand da secção, selecionado por um júri de profissionais do setor. O vencedor terá um espaço expositivo para futura participação na Feira.
"Tal como nas edições anteriores, a ARCOlisboa transformar-se-á numa verdadeira semana da arte na cidade", promete a organização, anunciando um programa paralelo dirigido a convidados nacionais e estrangeiros, "que incluirá inaugurações, visitas a exposições, coleções privadas e outras atividades", em articulação com as principais instituições culturais lisboetas. O momento de "efervescência artística" será ainda marcado pela inauguração de novos espaços como o Museu de Arte Contemporânea Armando Martins (MACAM) e a reabertura do Centro de Arte Moderna Gulbenkian, bem como os espaços de referência da cidade, como o Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia (MAAT), o Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, o Museu Coleção Berardo e as várias galerias da EGEAC.
Em destaque, nos projetos SOLO que trazem uma visão aprofundada da obra de diversos artistas internacionais, estão nomes como Karlo Andrei Ibarra (ATM), Klaas Vanhee (Galería Silvestre), Amélie Esterházy (Behncke), Manuel M. Romero (Artnueve), Ricardo Cases (Ángeles Baños), Sonia Navarro (T20), Miki Leal (El Apartamento), Justin Weiler (Romero Paprocki) e Diogo Pimentão (Encounter). Já o Opening Lisboa "dedicará atenção aos novos espaços e linguagens artísticas, procurando renovar os conteúdos da Feira", explica a organização, apontando um programa comissariado por Sofía Lanusse e Diogo Pinto que explora as propostas de espaços como a 4710 Gallery — vencedora do Prémio OPENING Lisboa 2024 —, Beta Contemporary, Salgadeiras e Kandlhofer, mas também estreantes como a ADZ gallery, Simo Bacar, Contemporary Cluster, Ackerman Clarke, Río & Meñaka, Moria galería, Dialogue ou Salon Comunal.
Por outro lado, a secção As Formas do Oceano será comissariada por "Paula Nascimento e Igor Simões, reunindo projetos centrados nas relações entre África, a sua diáspora e outras geografias" em cinco galerias participantes: African Arty (Marrocos), Afronova (África do Sul), Christophe Person (França), Karla Osorio (Brasil) e Reiners Contemporary Art (Espanha).
Em detalhe
"O núcleo central da feira, o Programa Geral, alarga-se nesta edição com um total de 61 galerias selecionadas pelo Comité Organizador. A este corpo acresce a entrada de galerias que participam pela primeira vez, como a Travesía Cuatro, Duarte Sequeira, Set Espai d'Art ou Each Modern. Outras retornam após um interregno, tais como Vermelho, Nuno Centeno, Rosa Santos, Fonseca Macedo ou a Galería de las Misiones. Algumas, como a Bianca Boeckel e a Nave, transitam da secção OPENING Lisboa do ano passado para o Programa Geral. Mantêm-se fiéis à ARCOlisboa nomes como Bruno Múrias, Cristina Guerra Contemporary Art, Francisco Fino, Madragoa, Pedro Cera, Vera Cortês, bem como Carlier | Gebauer, Leandro Navarro, Sabrina Amrani, Zeller Van Almisck e 3+1 Arte Contemporânea, entre outras."
"A ArtsLibris regressa igualmente à ARCOlisboa, ocupando o Torreão Nascente da Cordoaria com cerca de 30 expositores nacionais e internacionais, em acesso livre ao público. Este espaço será igualmente dedicado às revistas de arte contemporânea. Além de se afirmar como plataforma especializada em publicações de artista, fotolivros, pensamento contemporâneo, autoedição e formatos digitais, acolherá ainda apresentações e debates no ArtsLibris Speakers Corner, com a participação ativa de editores que darão a conhecer os seus projetos editoriais.
Veja aqui a lista completa de galerias.