A duração normal de uma gravidez oscila entre as 37 e as 42 semanas. As últimas são essenciais para o desenvolvimento dos órgãos dos bebés. Uma criança que nasce prematura acaba por necessitar de uma atenção redobrada. O assunto merece particular atenção este domingo, Dia Mundial da Prematuridade.
Por ano nascem cerca de 13,4 milhões de bebés prematuros no mundo. Em Portugal, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2022 nasceram 83 671 e desses 7,4% eram prematuros.
Qual a possibilidade de sobrevivência de um bebé prematuro?
A possibilidade de sobrevivência de um bebé prematuro é sempre influenciada por vários fatores como a idade gestacional, peso e altura e presença de problemas significativos. A primeira é sempre a mais importante uma vez que determina a maturidade dos órgãos do bebé.
Existem vários tipos de prematuridade:
- Pré-termo tardio: nascimento entre as 34 e as 36 semanas.
- Prematuro moderado: nascimento entre as 32 e as 34 semanas.
- Grande prematuro: nascimento entre as 28 e as 32 semanas.
- Prematuro extremo: nascimento antes das 28 semanas. Neste caso, o bebé pode apresentar maiores e mais graves problemas de saúde.
A utilização de uma incubadora
A incubadora é um espaço seguro e controlado onde o bebé se desenvolve. Garante a temperatura ideal e a quantidade perfeita de oxigénio, assim como o controlo dos sinais vitais do bebé. Tendo em conta a saúde frágil destes bebés ajuda, também, no equilíbrio relativamente à luz, humidade, ruídos excessivos e proteção contra germes e agentes externos.
Na grande maioria dos casos, os nascimentos antes do tempo acontecem de forma espontânea, mas, por vezes, podem dever-se a razões médicas como infeções ou outras complicações.
De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), "as complicações do nascimento prematuro são a principal causa de morte entre as crianças com menos de 5 anos de idade".
Nos países onde os rendimentos são mais baixos, metade dos bebés não sobrevivem devido à falta de cuidados básicos de saúde. Uma realidade que contrapõe com a vivida em países onde os rendimentos são mais elevados e onde quase todos os bebés sobrevivem.
Apesar deste ser um problema global, a maioria dos nascimentos prematuros acontecem no Sul da Ásia e na África subsariana.
Dia Mundial da Prematuridade
Desde 2008 que no dia 17 de novembro celebra-se o Dia Mundial da Prematuridade. A data foi estabelecida pela Fundação Europeia para o cuidado de recém-nascidos (EFCNI) e por várias organizações parceiras.
Num comunicado enviado às redações, a Associação Nascer Prematuro explica que vai organizar uma conferência no auditório na ULSAlgarve do Hospital de Faro.
Sobre o mote “mais de 13 milhões de bebés nascem demasiado cedo todos os anos. Acesso a cuidados de qualidade em todo o lado!", o encontro tem como objetivo “abordar os desafios que as crianças nascidas prematuras e suas famílias enfrentam após a alta hospitalar”.
“O tema do Dia Mundial da Prematuridade de 2024 é um apelo à ação urgente para colmatar a lacuna nos cuidados de saúde, defendendo melhores cuidados maternos e neonatais em todo o mundo. Responder à necessidade urgente de cuidados de saúde equitativos, juntamente com os nossos parceiros, a Nascer Prematuro está a liderar este esforço, envolvendo famílias, profissionais de saúde e decisores políticos num diálogo global sobre a melhoria dos resultados para bebés prematuros”, pode ler-se no comunicado.