
Além do seu charme culinário, o alecrim também está a ser reconhecido pelos seus impressionantes benefícios para a saúde, especialmente quando se trata de saúde cognitiva, inflamação e função imunitária.
Estudos sugerem que o alecrim pode até ser promissor na luta contra a doença de Alzheimer, a principal causa de demência no mundo.
Dipa Kamdar, professor de Prática Farmacêutica na Universidade de Kingston, revelou ao ScienteAlert que o alecrim tem sido associado à memória e à clareza mental.
"Na Grécia e Roma antigas, os estudantes usavam o alecrim na esperança de aguçar a concentração e a memória", explicou.
Já a ciência moderna tem vindo a descobrir que isso talvez não seja assim tão descabido. "Num novo estudo, pessoas que inalaram o aroma do alecrim tiveram melhor desempenho em tarefas de memória em comparação àquelas num ambiente sem aroma."
Posto isto, como é que o alecrim atua no cérebro? "Existem vários mecanismos em jogo. Para começar, o alecrim estimula a circulação sanguínea, inclusive para o cérebro, ajudando a transportar mais oxigénio e nutrientes, o que pode melhorar a clareza mental."
Além disso, possui propriedades calmantes. "Alguns estudos sugerem que o seu aroma pode reduzir a ansiedade e melhorar o sono. Menos stress pode significar melhor foco e retenção de memória", acrescentou.
Esta erva aromática contém compostos que interagem com os neurotransmissores do cérebro. "Um desses compostos, o 1,8-cineol, ajuda a prevenir a degradação da acetilcolina, uma substância química cerebral essencial para a aprendizagem e a memória. Ao preservar a acetilcolina, o alecrim pode ajudar a melhorar o desempenho cognitivo, especialmente à medida que envelhecemos."
Por fim, o professor concluiu que o alecrim "é rico em antioxidantes, que ajudam a proteger as células cerebrais dos danos causados pelo stress oxidativo - um fator importante no declínio cognitivo."