
Quase 90 presidentes de câmara estão de saída nestas autárquicas por terem chegado ao limite de três mandatos consecutivos na mesma autarquia, a maior parte deles socialistas.
Além dos 89 presidentes de câmara que saem das respetivas autarquias nestas eleições, marcadas para 12 de outubro, outros 46 que também estavam no limite dos mandatos já deixaram os cargos nos últimos dois anos, sobretudo para ocuparem lugares no Governo, como deputados na Assembleia da República ou na Europa e cargos públicos: 28 do PSD ou coligações social-democratas, 16 do PS, um CDU (PCP/PEV) e um do Juntos Pelo Povo (JPP).
Dos 89 presidentes de câmara em fim de mandato, 49 são socialistas, 21 social-democratas ou de coligações lideradas pelo PSD, 12 da CDU, três do CDS-PP e quatro independentes.
No distrito de Setúbal há quatro presidentes da CDU impedidos de se recandidatarem à mesma autarquia em Palmela, Grândola, Santiago do Cacém e Alcácer do Sal, além do presidente de Sines (PS).
Em Évora, existem quatro presidentes de câmara impedidos de se recandidatarem aos municípios de Évora e de Arraiolos, ambos comunistas, de Portel (PS) e Borba (independente).
Em Portalegre, existem seis presidentes de câmara que não podem recandidatar-se às autarquias socialistas do Gavião, Ponte de Sor e Nisa. Os presidentes das câmaras comunistas de Monforte e de Avis também não se podem recandidatar, assim como o social-democrata de Castelo de Vide.
No distrito de Beja chegaram ao fim dos mandatos os presidentes de Almodôvar (PS) e de Cuba (CDU).
Portugal tem 308 concelhos, a maior parte dos quais elegeram em 2021 executivos socialistas.
Há um ano, no início de agosto, de um total de 308 presidentes das câmaras municipais portuguesas, eram 105 os que se mantinham no cargo, impedidos de uma recandidatura nas próximas eleições autárquicas devido à limitação de três mandatos consecutivos à frente do mesmo município.