
A empresa Avincis, sediada em Lisboa, vai assegurar nos próximos três anos a operação de dois aviões Canadair CL-215 ao serviço do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), no âmbito de um contrato celebrado com o Estado português. Os aparelhos já se encontram operacionais no aeródromo de Castelo Branco e estarão ao serviço da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) até 15 de outubro.
O contrato, válido até 2027, inclui ainda um terceiro avião Canadair de reserva e um helicóptero Airbus AS350 para missões de reconhecimento, avaliação e coordenação, baseado em Ponte de Sor, no distrito de Portalegre.
De acordo com a Avincis, esta operação garante a continuidade do apoio à proteção civil portuguesa, num contexto em que os meios aéreos são considerados fundamentais no combate a incêndios, sobretudo em zonas de difícil acesso. O Canadair é uma aeronave anfíbia com capacidade para transportar cerca de seis mil litros de água e realizar reabastecimentos em albufeiras, lagos ou rios, sem necessidade de aterrar.
Em declarações divulgadas pela empresa, o CEO do Grupo Avincis, John Boag, sublinhou que «é uma satisfação muito grande poder continuar a operar os nossos Canadair em Portugal, em particular com previsibilidade para três anos». Acrescentou ainda que a presença contínua da empresa em território nacional tem permitido «ajudar os bombeiros portugueses a combater incêndios rurais» há mais de duas décadas.
A atuação da Avincis abrange atualmente operações em vários países, incluindo Espanha, Itália, Chile e Portugal. No início deste ano, a empresa garantiu também a renovação do contrato para operar os 18 aviões Canadair do Corpo Nacional de Bombeiros de Itália por um período de sete anos.
No Alentejo, os meios da Avincis assumem particular importância, não só pela localização estratégica da base de Ponte de Sor, mas também pelas características do território, onde o risco de incêndio rural tem sido recorrente nos meses de verão. A presença de um helicóptero de coordenação na região permite melhorar a resposta e articulação entre os meios aéreos e terrestres no combate às chamas.