“E se voássemos juntos?” foi a pergunta inspiradora que reuniu cerca de 250 pessoas, no passado dia 16 de maio, na Casa dos Choupos, em Santa Maria da Feira. O encontro assinalou a celebração da Rede de Arte Comunitária de Santa Maria da Feira, integrando 17 instituições sociais do concelho num momento de partilha, criação artística e cidadania ativa.

O projeto, que resulta de anos de oficinas, encontros e práticas colaborativas, assume-se agora como uma estrutura descentralizada e sustentável. Mais do que um espaço de criação, propõe-se como um organismo vivo de coautoria, responsabilidade partilhada e transformação comunitária.

Na base desta iniciativa está a convicção de que a arte é um direito fundamental e uma prática democrática, que atravessa e enriquece a vida quotidiana. A cultura deixa, assim, de ser apenas um produto para consumo, passando a ser entendida como recurso comunitário e espaço de escuta, encontro e reinvenção coletiva.

Durante o evento, foi formalizado um “acordo de vontades” entre a Casa dos Choupos e as instituições envolvidas, estabelecendo o compromisso com propostas artísticas e programações diversas, organizadas em três modalidades: voo fixo, guiado e livre.

Com uma vasta experiência em práticas artísticas participativas — como as oficinas Linhas com Rosto, Poesia no Corpo, Yoga, Improvisação Musical ou Cerâmica Criativa — a Casa dos Choupos reforça o seu papel enquanto espaço de experimentação cultural acessível, inclusivo e transformador.

A iniciativa integra o projeto Chão Fértil, operacionalizado no âmbito do plano TEAR – Tempo de Envolvimento e Ação em Rede, promovido pelo Município de Santa Maria da Feira e financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência da União Europeia.

Voar juntos, neste contexto, é imaginar e construir, em rede, novas formas de estar, cuidar e transformar o mundo a partir da arte.