
Um homem de 41 anos foi detido em flagrante pela Polícia de Segurança Pública, esta terça-feira, 15 de julho, em Faro, por agredir violentamente a própria mãe, uma mulher de 67 anos. A intervenção rápida dos agentes evitou consequências ainda mais graves para a vítima, encontrada com múltiplas lesões na cara e no corpo, em cenário de grande sofrimento.
A detenção ocorreu após uma denúncia telefónica anónima, alertando para gritos de socorro e ameaças vindos do interior de uma habitação naquela cidade algarvia. De imediato, uma equipa da Esquadra Territorial de Faro foi mobilizada e, ao chegar ao local, confirmou a veracidade da denúncia, ouvindo do exterior os apelos da vítima e ameaças proferidas pelo agressor.
Face à gravidade da situação, os polícias forçaram a entrada na residência e encontraram a mulher severamente agredida, ainda em estado de choque. A vítima recebeu assistência de uma equipa do INEM no local e foi posteriormente transportada para o Hospital de Faro, onde permanece sob cuidados médicos.
O agressor, que é filho da vítima, foi imediatamente detido no local, sem oferecer resistência, e conduzido às instalações policiais. Segundo a investigação preliminar, existem fortes indícios de violência doméstica continuada, com comportamentos agressivos já repetidos anteriormente.
Na tarde desta terça-feira, o suspeito foi presente à autoridade judiciária competente, que decidiu aplicar a medida de coação mais gravosa: prisão preventiva. A investigação prossegue para apurar a totalidade dos episódios de violência já ocorridos.
O Comando Distrital da PSP de Faro reforçou a importância da denúncia em casos de violência doméstica, alertando que este tipo de participação é crucial para a proteção das vítimas e para responsabilizar os agressores. “Denunciar é um ato de cidadania”, sublinhou a força de segurança em comunicado.
Este caso trágico volta a lançar um alerta sobre a realidade dramática da violência doméstica em Portugal, que atinge todas as faixas etárias e classes sociais, incluindo situações de violência ascendente, como esta, onde os próprios filhos se tornam agressores dos pais.