A música brasileira despede-se de uma das suas vozes mais carismáticas. Preta Gil, cantora, compositora e actriz, faleceu este domingo, aos 50 anos, em Nova Iorque. A informação foi confirmada por um porta-voz da artista.

Filha do icónico cantor e ex-ministro da Cultura Gilberto Gil, Preta tornou-se uma figura marcante da cultura popular brasileira, com uma carreira que se estendeu por mais de duas décadas, cruzando a música, a televisão e a literatura. Com uma presença vibrante e uma postura desafiadora dos padrões sociais, foi também uma voz ativa na luta contra o preconceito, afirmando-se como defensora da diversidade e do amor-próprio.

A artista foi mãe aos 22 anos de Francisco, fruto da relação com o actor Otávio Müller. Casou-se três vezes: com o realizador Rafael Dragaud, o mergulhador Carlos Henrique Lima e, mais recentemente, com o personal trainer Rodrigo Godoy. Deixa um filho de 28 anos e uma neta de 7.

Em 2024, por ocasião do seu 50.º aniversário, lançou a autobiografia Preta Gil: Os Primeiros 50, obra que espelha a sua trajetória de vida e carreira. Ainda nesse ano, partilhou o palco com o pai em algumas datas da digressão de despedida de Gilberto Gil, embora tenha sido forçada a interromper as aparições devido ao agravamento do seu estado de saúde.

A partida de Preta Gil deixa um vazio no panorama artístico lusófono. A sua irreverência, autenticidade e coragem permanecem como legado de uma mulher que viveu intensamente e que, até ao fim, celebrou a vida em todas as suas cores.