O projeto “Universitários Contra o Cancro: como falar de prevenção e alimentação com jovens adolescentes?” está a ganhar destaque em Paredes, com a participação ativa de estudantes da licenciatura de Ciências da Nutrição da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU).

Criado em parceria com a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), a iniciativa visa sensibilizar os jovens do Ensino Secundário para a importância da alimentação saudável na prevenção do cancro.

Mais de 1.000 alunos já foram alcançados com esta ação, que tem como objetivo combater mitos populares sobre o cancro e ensinar práticas alimentares que ajudam na prevenção da doença, durante as sessões, realizadas no Agrupamento de Escolas Daniel Faria, em Baltar, os estudantes universitários explicaram aos adolescentes como identificar e interpretar rótulos de alimentos, discutiram os benefícios de uma alimentação equilibrada e desmistificaram ideias erradas sobre o cancro, como a crença de que certos alimentos podem curar a doença.

“São jovens a falar para jovens”, explicou Inês Pádua, professora e responsável pela licenciatura em Nutrição da CESPU. “Eles conseguem comunicar de uma maneira mais acessível e eficaz, atuando como agentes de mudança entre os colegas. Quanto mais cedo apostarmos na formação em saúde, mais eficaz será a prevenção”, afirmou.

Durante as sessões, os estudantes universitários abordaram questões práticas, como o mito de que o micro-ondas seria prejudicial à saúde, ou que o consumo excessivo de citrinos poderia prevenir o cancro, eles também esclareceram a ideia de que o leite de vaca é pró-inflamatório para pacientes com cancro, explicando que isso só seria verdade em casos de intolerância ao leite.

As sessões não se limitaram à teoria, é utilizado jogos, quizzes e concursos, os universitários conseguiram envolver os alunos e tornar o tema mais acessível e interativo.

Para preparar os estudantes da CESPU, houve formação prévia com profissionais da LPCC, garantindo que as mensagens transmitidas fossem claras e baseadas em evidências científicas.

Iniciado em Paredes, o projeto tem agora planos de expansão, com o objetivo de abranger também outros concelhos do Grande Porto, de acordo, com a CESPU, a ideia é capacitar os jovens adultos para que se tornem promotores de saúde e, ao mesmo tempo, reforçar a literacia em saúde nas comunidades locais.

O projeto também visa fomentar o conhecimento e a confiança dos jovens para atuarem como defensores de práticas saudáveis e inclusivas em oncologia.