
“Uma viagem pela Região de Coimbra através dos medronheiros”: foi esta a proposta turística inovadora que a Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra lançou, em Pampilhosa da Serra, através da apresentação da Rota do Medronho da Região de Coimbra.
Trata-se de uma iniciativa que abrange 9 Municípios da Região – Penacova, Mortágua, Mealhada (Mata Nacional do Buçaco), Lousã, Góis, Arganil, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra e Tábua, transcendendo o simples fruto para se tornar um pilar da identidade regional e desenvolvimento económico, num convite irrecusável à descoberta de sabores genuínos, tradições vivas e experiências turísticas memoráveis.
Na apresentação, que aconteceu nas instalações da empresa Lenda da Beira, o Secretário Executivo da CIM Região de Coimbra, Jorge Brito, salientou que em causa está “muito mais do que um mero roteiro. Este é um exercício de dinamização do território e de potenciar o que já existe, unindo pontos”. Para o dirigente, o medronho “é um tesouro e o espelho da resiliência do território”, que deve ser encarado como “motor de oportunidades” através da sua “transformação num ativo”.
Esta é assim uma aposta estratégica na valorização do património natural e cultural, na diversificação económica e na criação de novas oportunidades para produtores e comunidades locais. “Estamos a construir um futuro mais sustentável e próspero, tendo o medronho como um dos nossos mais valiosos embaixadores”, afirmou Jorge Brito, sublinhando que “esta iniciativa reforça o compromisso da CIM Região de Coimbra com o desenvolvimento integrado e sustentável do seu território”.
No encerramento da sessão, o Presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, Jorge Custódio, salientou o dinamismo e o “papel fundamental” do empresário José Martins, que “desde cedo acreditou no potencial desta fileira” e contribuiu para a expansão do medronheiro no território. “Foi um verdadeiro incentivo para que hoje haja tanta gente mobilizada e para que outros passassem a olhar para o medronheiro com olhos de futuro”. A propósito da Rota do Medronho, Jorge Custódio frisou que “é um motivo enorme de orgulho, porque representa o casamento perfeito entre aquilo que é nosso e a inovação. Os produtos que nos distinguem estão cá, fazem parte da nossa paisagem, da nossa história e da nossa cultura. O que temos de fazer é valorizá-los, recuperá-los e dar-lhes a projeção que merecem”, acrescentou.
O projeto prevê ainda um programa de valorização do medronho que, entre outros desígnios, pretende potenciar a criação de um selo de certificação regional próprio (DOP ou IGP) para a Aguardente de Medronho da Região Centro, apostando na qualidade, autenticidade e no reconhecimento de valor dos produtos.
A implementação da Rota do Medronho está assente 4 patamares: Mapeamento e Identificação de recursos; Desenvolvimento de experiências; Promoção e Marketing, e Sustentabilidade e Qualidade (apoio a produtores, monitorização e avaliação dos impactos). A Rota estende-se ao longo de 260 quilómetros e estima-se que o período ideal para a percorrer e desfrutar das várias experiências é de 4 dias e 3 noites.