
Nas últimas semanas, a The Navigator Company foi alvo de acusações sobre a gestão das suas equipas, com afirmações de que a empresa estaria a exercer pressão sobre colaboradores para a cessação dos seus contratos, especialmente nas unidades de Setúbal e Figueira da Foz, onde 54 trabalhadores alegadamente teriam saído.
Em resposta a estas acusações, a empresa vem a público esclarecer os factos, destacando a sua política de transparência, respeito pelos colaboradores e cumprimento da legislação laboral.
A The Navigator Company tem implementado, desde 2014, um programa de rejuvenescimento, direcionado a colaboradores com longas carreiras, especialmente os que trabalham em regime de turnos.
Este programa é voluntário e oferece condições compensatórias atrativas para a saída antecipada da vida ativa, assegurando uma transição justa e digna, o programa tem critérios claros de elegibilidade, como por exemplo, a adesão para colaboradores entre os 60 e os 63 anos ou, em casos específicos de trabalho em turnos, para aqueles com 57 anos e 30 anos de serviço.
Desde a criação do programa, 681 colaboradores aderiram, sendo que 356 dessas adesões ocorreram desde 2020.
A Navigator destaca que, com este programa, a empresa não só reconhece o impacto das longas carreiras de trabalho, mas também garante que a saída dos colaboradores seja feita de forma voluntária e transparente.
Além disso, a empresa oferece um conjunto de benefícios abrangentes, incluindo seguro de saúde, seguro de vida, apoio à aquisição de habitação, programas de apoio à família, entre outros, reforçando o compromisso com o bem-estar dos seus colaboradores.
Em 2025, a Navigator registou até agora 84 saídas de colaboradores, incluindo aposentadorias, adesões ao programa de rejuvenescimento e falecimentos, este número reflete a dinâmica natural de uma organização com mais de 3.000 trabalhadores, sendo que as saídas se devem a uma variedade de fatores, como acordos mútuos e a reorganização em curso.
As saídas previstas até o final de 2025 somam 41, com 25 dessas saídas relacionadas diretamente à reorganização industrial nas unidades de Setúbal e Figueira da Foz, número que é substancialmente inferior aos 54 trabalhadores mencionados publicamente.
A empresa está a realizar uma reorganização industrial, adaptando a produção para segmentos como o papel de embalagem sustentável. Essa transformação tem sido impulsionada por desafios externos, como o aumento dos custos energéticos na Europa e a volatilidade dos mercados.
A reorganização visa ajustar a produção às novas exigências do mercado, o que resultou numa menor necessidade de mão de obra nas operações de transformação e embalamento de papel.
A empresa, no entanto, mantém o seu compromisso com o emprego, criando novos postos de trabalho em áreas como o papel tissue, o papel de embalagem e a celulose moldada. Entre maio de 2024 e maio de 2025, foram criados 65 novos postos de trabalho nas unidades nacionais, em setores em crescimento da empresa.
Além disso, a Navigator está a investir na requalificação e valorização dos colaboradores com melhor desempenho, oferecendo treinamentos para que possam assumir novas funções dentro da empresa.
A Navigator reitera que as alegações de penalizações a colaboradores que exerceram direitos sindicais, como greves ou reivindicações salariais, são infundadas, a empresa aplica um sistema de avaliação de desempenho claro, objetivo e transparente, com critérios que não envolvem qualquer forma de retaliação ou discriminação.
Os colaboradores que exerceram o direito à greve em 2024 receberam avaliações elevadas, enquanto aqueles que não participaram tiveram avaliações abaixo das expetativas, evidenciando que a política de avaliação é dissociada de qualquer tipo de retaliação.
A empresa também tem apostado na valorização do mérito individual, com 1.271 técnicos operacionais promovidos ou com progressões de carreira em 2025, representando 73,5% do total dessa categoria, esses profissionais receberam aumentos médios de 5,76%, superiores à média de 2,24% aplicada a toda a empresa.
Além disso, a Navigator propôs a distribuição de prémios de desempenho no valor de 19 milhões de euros, relativos aos resultados de 2024, que serão pagos em maio deste ano.
A Navigator destaca que a empresa tem um compromisso contínuo com o diálogo aberto com as estruturas sindicais e comissões de trabalhadores, visando encontrar soluções equilibradas para os desafios do setor.
A empresa também reafirma o seu compromisso com a sustentabilidade, tendo sido reconhecida por cinco entidades internacionais através de certificações em governança e práticas de responsabilidade social.
Em relação às recentes alegações de pressões sobre os colaboradores, a empresa sublinha que os processos de saída são sempre voluntários e transparentes, baseados no respeito pelos direitos dos trabalhadores.
As alegações publicadas são, segundo a empresa, descontextualizadas e não correspondem à realidade da prática na The Navigator Company.
A The Navigator Company reitera que as acusações de pressão para a saída de colaboradores são falsas e que a empresa atua com base em processos claros e justos, alinhados com a legislação e com o respeito pelos direitos laborais.
A empresa continuará a garantir a transparência nas suas práticas e a manter o compromisso com o bem-estar dos seus colaboradores, promovendo um ambiente de trabalho justo e sustentável.