Durante a inauguração da Casa Experiencial do Vinho e do Azeite, na Cooperativa Agrícola de Granja, no concelho de Moura, o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, José Manuel Santos, destacou a centralidade do enoturismo na estratégia regional, sublinhando o papel estruturante da iniciativa no reforço da oferta turística do território.

José Manuel Santos afirmou que o Alentejo elegeu o enoturismo como prioridade estratégica, em articulação com o Turismo de Portugal. «O enoturismo é um produto agregador. Temos a gastronomia, a cultura, a sustentabilidade, a arte e a literatura. É esta a bandeira que nos permite abordar os mercados internacionais com coerência e identidade».

Neste contexto, sublinhou a existência de uma estratégia de eficiência coletiva, desenvolvida em consórcio, que tem como objetivo consolidar o enoturismo como produto âncora do destino Alentejo. Lembrou ainda que a região acolheu, em outubro passado, a Cimeira Mundial do Enoturismo Responsável, com o apoio do Governo e do Turismo de Portugal.

No mesmo âmbito, anunciou um novo protocolo de colaboração com a Agência de Promoção Turística da Toscânia: «Muita imprensa internacional refere o Alentejo como a Toscânia de Portugal. Pois bem, a Toscânia quis celebrar connosco um protocolo de cooperação para partilha de experiências, o que valoriza ainda mais a nossa paisagem, o vinho, o azeite e o enoturismo».

Para o responsável regional, este tipo de projetos, como o agora inaugurado na Cooperativa de Granja, é fundamental para diversificar a oferta e garantir a coesão territorial: «Este é um investimento apoiado pelas políticas públicas e pelo Turismo de Portugal, que fortalece a cadeia de valor da hospitalidade. Só no último mês e meio abriram mais quatro hotéis no Alentejo, todos fora dos destinos turísticos mais tradicionais».

José Manuel Santos concluiu referindo que a força do turismo na região assenta em pequenos e médios investimentos dispersos pelo território, criados muitas vezes pela iniciativa privada: «Quem cria produto e valor são os empresários. O papel das autarquias e das entidades públicas é criar as condições para que esses projetos aconteçam»