
A sede foi inaugurada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio, Badr Abdelaty, numa cerimónia em que participaram numerosos representantes da União Africana (UA) e embaixadores estrangeiros, segundo um comunicado do departamento do chefe da diplomacia egípcia.
"Este passo representa um marco crucial no caminho do trabalho conjunto africano e um salto qualitativo para possuir as ferramentas do futuro, especialmente nos domínios da tecnologia e das políticas espaciais", disse o ministro no seu discurso de abertura, no qual se congratulou com o facto de a sede estar localizada no seu país.
Abdelaty defendeu também que o facto de a sede ter sido estabelecida no Cairo se deve à "profunda convicção do papel pioneiro do Egito" no continente, explicando ainda que o Governo fez esforços para estabelecer a agência e encarnar a visão "África que Queremos" da Agenda de Desenvolvimento 2063.
O governante afirmou que a agência servirá como "uma plataforma para reforçar a cooperação entre os países africanos na utilização pacífica do espaço, trocar experiências, desenvolver capacidades e unificar as posições africanas nos fóruns internacionais, especialmente no âmbito da ONU".
Além disso, a AfSA procura abordar os desafios que o continente africano enfrenta através da recolha e análise de informações, bem como de programas aplicados em domínios como a segurança alimentar, a produção e distribuição de culturas, os ecossistemas e a biodiversidade.
A inauguração da sede representa o culminar da Política e Estratégia Espacial Africana adotada em janeiro de 2016 pela Assembleia da UA.
A AfSA será a principal entidade a coordenar a cooperação espacial de África com a Europa e outras agências internacionais, com o objetivo de melhorar as missões espaciais em todo o continente e garantir um acesso otimizado a dados, informações, serviços e produtos espaciais.
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