A partir de 1 de janeiro de 2026, todas as empresas que comercializam produtos como: óleo de palma, soja, madeira, borracha, gado, café e cacau no mercado da União Europeia deverão comprovar que estes não provêm de áreas desflorestadas nem contribuem para a degradação florestal. Assim o estipula o Regulamento Europeu contra a Desflorestação (EUDR), que entra em vigor em seis meses para grandes empresas e a partir de 1 de junho de 2026 para as PME, que terão uma prorrogação adicional.

A regulamentação afetará tanto as empresas que importam, introduzem no mercado europeu ou exportam os produtos mencionados como os seus derivados. A sanção por incumprimento pode atingir 4% do volume de negócios anual no espaço económico europeu.

O EUDR obrigará as empresas a cumprir requisitos técnicos e administrativos específicos, destinados a garantir a origem responsável dos produtos. Entre eles, encontra-se a elaboração de avaliações de risco sobre o país e a zona de origem, que deverão ser sustentadas por dados de satélite e documentação técnica.

As empresas também deverão apresentar uma Declaração de Due Diligence (DDS), incluindo a geolocalização e o período de produção de cada lote. Esta declaração servirá para garantir que a matéria-prima não envolveu a transformação de florestas. Além disso, será obrigatório comprovar o cumprimento da regulamentação ambiental e social do país produtor.

Do ponto de vista operacional, estes novos requisitos representarão um desafio para muitas organizações, especialmente pequenas e médias empresas, devido ao volume de dados, à necessidade de rastreabilidade e à documentação legal exigida.

Para enfrentar essas novas obrigações, o uso de soluções tecnológicas será fundamental. Ferramentas como o osapiens HUB, uma plataforma SaaS especializada em ESG, permitem que as empresas automatizem tarefas críticas como: rastreamento de fornecedores, coleta de dados de origem e verificação por imagens de satélite.

Dentro desta plataforma, a funcionalidade EASY START foi concebida especificamente para facilitar o cumprimento normativo às PME, permitindo-lhes poupar tempo, custos e recursos através da automatização inteligente de processos manuais.

A ferramenta osapiens HUB integra também algoritmos de IA para a análise avançada de riscos e o controlo da cadeia de abastecimento, com o objetivo de oferecer avaliações precisas e fiáveis. A sua capacidade de integração Plug&Play facilita a recolha de dados de fornecedores externos sem a necessidade de desenvolvimentos técnicos complexos.

A empresa osapiens salienta que a entrada em vigor do EUDR não deve ser vista apenas como um encargo regulamentar, mas como uma oportunidade estratégica para as empresas demonstrarem a sua transparência e compromisso sustentável. O cumprimento deste regulamento pode contribuir para melhorar a competitividade e reforçar a confiança nos mercados globais.

A transformação digital, alinhada com os critérios ESG e a regulamentação europeia, torna-se assim um instrumento essencial para facilitar a adaptação ao novo quadro legal, minimizar riscos e preparar as organizações para futuras regulamentações ambientais.