A 24 de fevereiro, com particular contributo do presidente Carlos Moedas, o Cinema São Jorge assinala o seu 75.º aniversário, associando a esta data tão significativa a sétima arte e a música com a projeção do filme Quimera de Ouro de Charlie Chaplin, complementado com os acordes ao vivo da Lisbon Film Orchestra.

Inaugurado em 1950, fruto da iniciativa da Sociedade Anglo-Portuguesa de Cinemas, liderada pela Rank Films, o Cinema São Jorge estreou-se com a projeção do filme Os Sapatos Vermelhos, da dupla britânica Michael Powell e Emeric Pressburger.

Foi a primeira grande sala em Lisboa concebida especificamente para projeção de cinema e a primeira a apresentar comodidades como o ar condicionado, transformando a ida às sessões em algo mais solene e inovador.

O Cinema São Jorge, cujo nome revela as suas raízes britânicas, passou por várias mãos e assistiu a alterações dos hábitos de consumo cultural, até ser comprado pela Câmara Municipal de Lisboa, no ano 2000, permitindo manter a sua missão e património.

Ao longo do tempo, sofreu alterações arquitetónicas, de uma sala imponente, passou a três, deixando igualmente de ser um espaço de exibição de cinema comercial, cada vez mais desafiado pelo home video, pela televisão e, mais tarde, pelo streaming, para se transformar num espaço de culto e de fruição cultural única.

Presentemente é a última grande sala de cinema em Lisboa e por excelência a casa dos principais festivais da cidade, bem como o espaço de referência para as antestreias do cinema português, iniciativas que se tornaram cada vez mais determinantes no panorama cultural.

As valências dos seus espaços conferem-lhe, contudo, a possibilidade acrescida de associar ao cinema outras vertentes, como concertos, espetáculos de teatro, conferências, encontros internacionais, espetáculos de stand-up comedy ou eventos corporativos, não esquecendo as oficinas de projetos educativos.

O Cinema São Jorge afirma-se neste contexto como um verdadeiro polo cultural implantado em pleno coração de Lisboa, na Avenida da Liberdade, prestando um serviço público ímpar num trabalho colaborativo com agentes e parceiros de áreas tão distintas.

Com o objetivo de bem servir, decorrente dos vários investimentos realizados pela Câmara Municipal de Lisboa através da sua empresa Egeac/Lisboa Cultura, este equipamento cultural tem acompanhado as evoluções e inovações tecnológicas, estando hoje perfeitamente equipado ao nível de projeção digital e sistemas modernos de áudio e vídeo.

É neste contexto que reforçamos a assinatura "o Cinema São Jorge – Projeta o Futuro", numa visão onde a criação cinematográfica e a inovação tecnológica convergem em estreito diálogo, mas ao mesmo tempo não descurando a memória e a preservação do património.

Lisboa Cresce, Lisboa Agradece.

 Presidente Egeac/LISBOA CULTURA