O ADN - Madeira denuncia as "jogadas de bastidores", envolvendo a RTP-Madeira, com o intuito de "privatizar" aquele órgão de comunicação social, no seu entender, "a favor do conhecido Grupo Sousa".

Através de um comunicado, assinado por Miguel Pita, diz que "todo este alarido (premeditado) em torno da perda de autonomia da RTP-Madeira, em prol dum controlo de emissão centrado em Lisboa, não passa dum subterfúgio para em breve alegarem que, afinal, convém à RAM privatizar este canal televisivo e, assim, ser retomado o controlo de emissão na Região Autónoma, passando a chamar-se de TV MADEIRA".

Recorda que, no passado dia 1 de Julho (Dia da Região), "a RTP-Madeira, propositadamente, recusou fazer a cobertura do Concerto Especial no Parque de Santa Catarina, alusivo a essa importante celebração, passando a ser exactamente essa nova entidade, denominada TV Madeira, a responsável pela emissão do mesmo".

No seu entender, "esta privatização, que está sendo preparada de forma subtil, irá prejudicar a neutralidade das notícias e programas transmitidos, influenciando os telespectadores para uma doutrinação à medida do poder político regional, à semelhança de situações similares ocorridas em países que acabaram por cair numa ditadura".

Tal como em Maio de 2024, aquando de uma acção de campanha a porta da RTP, o ADN - Madeira "alerta para o facto desta privatização prejudicar de forma injusta os funcionários dessa instituição que têm processos laborais em curso há vários anos e agora veêm-se num processo de transição (no mínimo) duvidoso".

O ADN - Madeira diz ainda, em comunicado, que "considera determinante a existência de uma auditoria à gestão de recursos humanos da RTP-Madeira, assim como às finanças e contratos com o Grupo Sousa, pois os madeirenses e portosantenses estão fartos de serem enganados por estas manobras do poder e merecem maior transparência deste serviço público que lhe é cobrado na conta de electricidade, intitulado por contribuição audiovisual".