A AFARAM – Associação de Familiares e Amigos do Doente Mental da Região Autónoma da Madeira, em comunicado de imprensa, manifesta "o seu mais profundo pesar pela trágica morte da criança de 12 anos", noticiada esta quarta-feira pelo DIÁRIO. Reforça o apelo à prevenção do sofrimento psicológico infanto-juvenil.

"De acordo com as informações divulgadas publicamente, a situação de bullying poderá estar na origem desta perda irreparável. Neste momento de dor, endereçamos à família, amigos e comunidade escolar as mais sinceras condolências e expressamos a nossa total solidariedade", refere.

A associação diz que este acontecimento lembra, "de forma crua e dolorosa", a urgência de intervir activamente na promoção da saúde mental das crianças e jovens da Região. "O sofrimento psicológico na infância e adolescência é muitas vezes invisível, desvalorizado ou silenciado. É responsabilidade colectiva criar espaços seguros onde os mais novos possam ser ouvidos, compreendidos e apoiados."

Neste contexto, a AFARAM tem vindo a implementar o projecto-piloto Porto Seguro, que disponibiliza apoio emocional, escuta activa e orientação a crianças e jovens em sofrimento psicológico, bem como às suas famílias e comunidades escolares. Este projecto conta com o apoio do Prémio BPI Fundação 'la Caixa' Capacitar e da Câmara Municipal do Funchal, reforçando o compromisso partilhado na promoção do bem-estar psicológico em idade escolar.

"Na AFARAM acreditamos que a prevenção deve ser sempre a nossa prioridade, criando redes de protecção e apoio antes que o sofrimento se instale. Ainda assim, quando necessário, estamos também preparados para intervir em contextos de remediação, oferecendo suporte técnico e humano às crianças, jovens e famílias já afectadas por situações de sofrimento psicológico ou violência", lê-se na nota enviada.

Neste sentido, a AFARAM coloca-se totalmente disponível para colaborar com todas as entidades públicas e privadas, nomeadamente escolas, ATL, centros comunitários, serviços de saúde, autarquias e associações, na construção de respostas conjuntas e eficazes que promovam o bem-estar emocional das crianças e jovens da Região. "Só juntos conseguiremos garantir que nenhuma criança se sinta sozinha no seu sofrimento", remata.