
"Dada a carga explosiva utilizada e a extrema sensibilidade das centrifugadoras à vibração, espera-se que tenham ocorrido danos muito significativos" em Fordo, um dos locais atacados, disse Rafael Grossi, numa declaração feita em Viena.
Os Estados Unidos atacaram no domingo as instalações subterrâneas do programa nuclear iraniano em Fordo, em Isfahan e em Natanz.
Segundo o diretor da agência das Nações Unidas, "neste momento, ninguém, incluindo a AIEA [Agência Internacional de Energia Atómica], está em condições de avaliar completamente os danos subterrâneos em Fordo".
O Irão afirmou que os EUA ultrapassaram "uma linha vermelha muito grande" ao atacar três instalações com mísseis e bombas destruidoras de 'bunkers' de 13.660 kg.
O chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, o general iraniano Abdolrahim Mousavi, descreveu o ataque norte-americano como uma violação da soberania do Irão e o equivalente a uma invasão do país, noticiou a agência de notícias estatal IRNA.
Na sequência dos bombardeamentos norte-americanos, surgiram apelos de todo o mundo para uma redução da tensão e o regresso à diplomacia para tentar resolver o conflito.
Teerão disparou hoje vários mísseis e drones contra Israel, alertando também os Estados Unidos de que as suas Forças Armadas receberam "carta branca" para atacar alvos norte-americanos.
De acordo com a televisão estatal iraniana, as autoridades de Teerão descreveram o ataque como uma nova vaga da sua "Operação Verdadeira Promessa 3", afirmando que tinha como alvo as cidades israelitas de Haifa e Telavive e reiteraram as suas antigas ameaças de fechar a rota de navegação de Ormuz, uma das maiores do mundo.
PMC
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