O Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, lamentou esta terça-feira, 29 de Abril, que as causas concretas do apagão que ontem afectou a Península Ibérica "não são ainda muito claras", defendendo um inquérito ao acontecimento, assim como uma maior preparação do País para enfrentar eventos dessa natureza.

Havendo a certeza de que Portugal estava a consumir energia produzida em Espanha no momento do apagão, o governante madeirense constata que o País "não teve tempo de colocar as suas centrais a funcionar", caracterizado o corte-geral de energia como uma situação "gravíssima".

"Temos de rever os procedimentos no sentido de num corte desta natureza termos a capacidade de repor de uma forma mais célere a nossa capacidade produtiva (...) É fundamental neste momento fazer um inquérito e ver o que se passa, no sentido de prevenir e garantir uma maior autonomia energética do País para uma situação destas ser suprida rapidamente. Miguel Albuquerque

Quanto aos serviços da Administração Pública portuguesa afectados na Madeira, o chefe do Executivo Madeirense garante que as perturbações estão "em vias de regularização".

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O governante madeirense aproveitou a ocasião para destacar que a Região tem autonomia energética, uma produção que "não está dependente de terceiros".

"Nunca quis privatizar empresa nenhuma dos sectores estratégicos e ainda bem", disparou.

Miguel Albuquerque falava aos jornalistas no Hotel Barceló Funchal, onde participou na apresentação do Programa PhD Empresas da ARDITI.

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Confira as declarações na íntegra:

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