A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) informa, em comunicado enviado às redações, que reuniu-se com a Direção Nacional da PSP e que, terminado o encontro de mais de duas horas, decidiram suspender as concentrações previstas para esta semana em Lisboa e Porto.

“Após cerca de duas horas e meia de reunião, mais alguns contatos hoje [terça-feira] de manhã e tendo em conta a informação obtida, de que no mês de abril não existirá suspensão do suplemento, com posterior harmonização em todo o dispositivo, suspende-se a realização das Concentrações agendadas”, lê-se na curta nota da ASPP/PSP.

Em causa estava, de acordo com a ASPP, a falta de pagamento em março do suplemento especial, no valor de 150 euros mensais, aos polícias que trabalham na investigação criminal da PSP, que apenas ficaram a saber da ausência do subsídio pelo recibo do ordenado.

Mais tarde, estes polícias foram informados pelos recursos humanos da PSP de que o pagamento do suplemento iria ter um diferimento de dois meses, ou seja, o subsídio correspondente ao mês de março seria apenas efetuado em maio.

A direção nacional da PSP justificou esta alteração com "uma harmonização" em relação aos outros suplementos, como de turno ou de piquete, que são pagos dois meses depois de serem realizados, e para tornar o seu processamento "mais efetivo", tendo em conta os dias de serviço efetivamente prestados.

O maior sindicato da Polícia de Segurança Pública defende também que os restantes suplementos sejam pagos mensalmente e não dois meses após a prestação do serviço