
A associação Rumos Novos - Católic@s LGBTQIA+ em Ação expressou hoje "sinceras condolências" pela morte do Papa Francisco, reconhecendo o seu papel como líder religioso global e contribuições para o diálogo inter-religioso, apesar de algumas divergências de posições.
"Embora tenhamos tido divergências em relação a algumas das suas posições sobre questões LGBTQIA+, apreciamos os seus esforços em promover uma Igreja mais inclusiva e acolhedora", refere a Rumos Novos, estendendo, "neste momento de luto", os seus sentimentos "à comunidade católica e a todos aqueles que foram tocados pelo seu trabalho", apelando a que a "sua memória seja de bênção".
A Rumos Novos - Católic@s LGBTQIA+ em Ação manifesta, em comunicado, a sua profunda tristeza pela morte do Papa Francisco, cuja liderança espiritual foi marcada por gestos de acolhimento, humildade e diálogo, ainda que muitas vezes recebidos com resistência.
"O Papa Francisco tocou milhões de fiéis em todo o mundo, especialmente aqueles e aquelas da comunidade LGBTQIA+ e foi um farol de esperança para muitos", afirma.
Destaca também que "as suas palavras de empatia, como "Quem sou eu para julgar?", ainda que recebidas com resistência por parte de setores mais conservadores da Igreja, são sinais de esperança para muitos e muitas que há tanto tempo se sentem à margem" e diz esperar que tenham plantado sementes importantes para um futuro de maior empatia, esperança e respeito.
O Papa Francisco morreu hoje às 07:35 locais (06:35 em Lisboa) na residência Casa de Santa Marta, na Cidade do Vaticano, devido a um AVC.
Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.
O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.
A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.