
A maioria das ocorrências da depressão Martinho são em estradas e ferrovias. O Ministério das Infraestruturas garante "resolver e minimizar" os efeitos da tempestade e agradece o empenho das autoridades, que estão a trabalhar "interruptamente desde a primeira hora".
A depressão Martinho já provocou mais de 600 de ocorrências e, pelo menos, seis feridos.
No balanço feito ao início da tarde desta quinta-feira, o Ministério das Infraestruturas e Habitação diz que o vento forte causou "problemas em coberturas e caixilharias" de habitações. E sinaliza que há danos materiais em edifícios e em veículos estacionados nas ruas.
Em comunicado, refere que a maioria dos efeitos da depressão ocorreram na ferrovia e rodovia, com queda de árvores e outras obstruções.
Há também danos em infraestruturas marítimas e terrestres da Transtejo/Soflusa. Por exemplo, os passadiços do pontão São Nicolau, no Cais do Sodré "saíram do sítio".
Nos portos, há igualmente condicionamentos. A tempestade danificou infraestruturas no Porto de Leixões. Em Lisboa, navios de cruzeiro e de carga não conseguem entrar devido à ondulação de quatro metros. No Porto de Setúbal, "não estão previstas entradas nem saídas". Em Sines, os movimentos estão limitados.
O Ministério das Infraestruturas garante "resolver e minimizar" o impacto da depressão Martinho nas "áreas da sua abrangência", nomeadamente em infraestruturas e transportes.
Nas estradas
A tempestade provocou "diversos constrangimentos" nas estradas, com quedas de árvores e painéis publicitários.
A situação "mais crítica", adianta o ministério, é na Nacional 120, entre Odeceixe e Aljezur, com o troço encerrado devido a um "problema de estabilidade de talude".
Na ferrovia
Na ferrovia, há várias linhas com a circulação condicionada ou mesmo suspensa.
A circulação de comboios está condicionada na linha do Oeste, devido à queda de árvores e chapas entre as Caldas da Rainha e Leiria. Na Linha do Sado, os comboios circulam apenas entre as Praias do Sado e o Pinhal Novo.
A circulação foi suspensa na linha do Vouga entre Águeda e Eirol e na linha do Douro entre a Régua e Marco de Canaveses. A linha de Cascais mantém a circulação condicionada devido a "danos significativos" na catenária: os comboios circulam entre o Cais do Sodré e Algés.
Autoridades estão "desde a primeira hora a trabalhar interruptamente"
O ministro Miguel Pinto Luz agradece o "empenho" das autoridades, que estão "desde a primeira hora a trabalhar interruptamente" na resolução dos problemas e reposição da normalidade.
O governante lamenta os prejuízos para população e deixa uma "palavra de conforto" ao maquinista da CP que ficou ferido em Paço de Arcos.