
A decisão é cautelar e estará em vigor até que a empresa comprove que corrigiu as irregularidades detetadas em questões de segurança durante a operação de fiscalização desencadeada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) do Brasil após o acidente fatal em Vinhedo.
"A suspensão vigorará até que se comprove a correção de não conformidades relacionadas aos sistemas de gestão da empresa previstos em regulamentos", lê-se no comunicado, onde ainda se detalha que os passageiros que foram atingidos pelo cancelamento de voos deverão procurar a empresa ou agência de viagem responsável pela venda do bilhete para o respetivo reembolso.
Em outubro de 2024, a ANAC impôs uma série de medidas à Voepass, incluindo o aumento do tempo de permanência dos aviões em terra para manutenção, a mudança de gestores e a aplicação de um plano de ação para corrigir as falhas.
"No final de fevereiro de 2025, após nova rodada de auditorias, foi identificada a degradação da eficiência do sistema de gestão da empresa em relação às atividades monitoradas e o descumprimento sistemático das exigências feitas pela Agência", frisou, referindo-se à empresa que conta atualmente com seis aeronaves e que voa para 15 localidades.
Um avião da Voepass que voava entre Cascavel e São Paulo caiu no dia 09 de agosto num condomínio residencial em Vinhedo, provocando a morte a todos os 58 passageiros e a quatro tripulantes.
O avião, um bimotor ATR-72-500 de fabrico francês, entrou "em parafuso", girando sobre o seu eixo cinco vezes antes de se despenhar no solo.
De acordo com o relatório preliminar das autoridades brasileiras, o avião voou em condições "severas" de acumulação de gelo durante uma hora.
Antes do incidente, os pilotos chegaram a comentar um problema com o sistema de prevenção de gelo na fuselagem.
MIM // MLL
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