
O presidente do PS considerou hoje "forte e agregadora" a candidatura de José Luís Carneiro e remeteu o congresso para "o último trimestre do ano ou primeiro trimestre do próximo", admitindo ajustes em alguns órgãos nacionais após as diretas.
Carlos César, que no final da Comissão Nacional do PS de hoje assumiu a liderança interina do partido com a saída de Pedro Nuno Santos do cargo de secretário-geral do partido, falou aos jornalistas sobre a "larga maioria" com a qual foi aprovada a sua proposta de calendário eleitoral, ou seja, eleições direitas em 27 e 28 de junho.
"O que significa que o Partido Socialista tem uma consciência muito apurada da necessidade de, nesta fase, reativar a sua liderança, torná-la legítima e efetiva, de modo a que o partido possa, em conjugação com os restantes órgãos que já se encontram eleitos, travar com sucesso estas próximas batalhas eleitorais que dizem respeito às autarquias locais", enfatizou.
Segundo Carlos César, "tudo indica que o secretário-geral será José Luís Carneiro, ou pelo menos que o candidato assim mais forte, mais consolidado, mais conhecido, será o José Luís Carneiro".
"É uma pessoa com provas dadas, como se sabe. É uma pessoa que conhece não só profundamente o partido como a sociedade portuguesa, como as diferentes áreas do poder. E, representará, sem dúvida, se for eleito, com muita dignidade e com muita eficiência o Partido Socialista", elogiou.
Considerando que Carneiro já deu provas de que é "a pessoa com o perfil necessário, com o perfil adequado", o presidente do PS apontou que tem agora este "grande desafio de renovar essas suas provas positivas na liderança do PS".
"É um líder efetivo, que tem um mandato a cumprir. Naturalmente, esse mandato será depois complementado com a realização do Congresso e com as eleições para delegados ao Congresso, que ocorrerão, certamente, no último trimestre do ano ou no primeiro trimestre do próximo", apontou.
Para Carlos César, "é natural que exista, se José Luís Carneiro ganhar, algum ajustamento em alguns órgãos nacionais, de forma a que ele tenha maior intimidade, maior cumplicidade com a equipa executiva que estiver com ele".
O líder interino do PS não considera o congresso "uma urgência" e defendeu que este "se deve conjugar com uma reflexão mais continuada, mais pausada e, talvez, mais longa, que o Partido Socialista tem que fazer sobre a sua vida".