Nuno Pardal Ribeiro, o deputado do Chega à Assembleia Municipal de Lisboa acusado pelo Ministério Público de recurso a prostituição de menores, renunciou ao mandato. A notícia da renúncia foi avançada esta quinta-feira pelo jornal Observador e foi confirmada ao Expresso pelo próprio que acrescenta que vai também deixar de ser vice-presidente da distrital do partido: "Obviamente renunciarei a todos os cargos internos e externos para o qual fui eleito e já comuniquei essa decisão ao presidente do partido", respondeu. A decisão acontece depois da notícia avançada esta manhã pelo Expresso de que o deputado do Chega foi acusado pelo Ministério Público de dois crimes de prostituição de menores.
Para já, o Chega permanece em silêncio, sem que André Ventura tenha marcado qualquer declaração ou os assessores respondem às perguntas dos jornalistas.
Como o Expresso avançou, o deputado municipal do Chega, de 51 anos, terá mantido contactos íntimos com um rapaz de 15 anos, a troco do pagamento de 20 euros. Com base na acusação do Ministério Público, Nuno Pardal Ribeiro e o jovem conheceram-se no Grindr, uma aplicação usada para convívio entre homossexuais, passando depois a comunicar via WhatsApp. O caso foi denunciado à Polícia Judiciária pelos pais do menor após terem tido acesso às mensagens do WhatsApp no telemóvel do filho.
Ao Expresso, Nuno Pardal Ribeiro não negou o encontro com o adolescente, mas disse desconhecer que era menor de idade.
Nuno Pardal não era apenas deputado municipal em Lisboa, era também o número dois do partido nas estruturas da capital, sendo vice-presidente da distrital do Chega de Lisboa.
O caso abala o partido de André Ventura numa altura em que o Chega se estava a recompor de outro escândalo, devido ao deputado Miguel Arruda, suspeito do furto de malas nos aeroportos de Lisboa e de Ponta Delgada. Também esta quinta-feira, foi conhecido outro caso, o do deputado regional do Chega nos Açores José Paulo Sousa, apanhado com uma taxa de alcoolemia de 2,25 g/l.