O aumento das infeções respiratórias em Portugal já levou duas Unidades Locais de Saúde (ULS) a suspenderem as cirurgias consideradas não urgentes.
É o caso da ULS do Algarve, da qual fazem parte os hospitais de Faro, Lagos e Portimão, e a ULS de Almada-Seixal, onde está integrado o hospital Garcia de Orta.
A notícia é avançada pelo Diário de Notícias (DN) que diz que a medida serve para ajudar a libertar camas e médicos, uma vez que a procura tem aumentado devido às infeções respiratórias, “situação que pode agravar-se com a gripe a crescer”.
Em declarações ao DN, o presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH), Xavier Barreto, diz que muitas vezes esta “é a única solução”.
A ULS Almada-Seixal confirmou ao DN que o cancelamento das cirurgias não urgentes visou responder ao aumento da procura e disse ainda que “o elevado número de doentes internados com alta clínica (casos sociais e/ou a aguardar resposta da rede de cuidados continuados) tem vindo a aumentar, o que continua a causar enorme pressão na urgência”.
Tiago Botelho, presidente da ULS do Algarve, referiu ao DN que a situação está a ser avaliada diariamente e que "pode ser revertida a qualquer momento".
No início de semana, um doente urgente, com pulseira amarela, teve de esperar mais de 17 horas no hospital de Portimão.
Ministra da Saúde garante que plano de inverno para o SNS não está a falhar
Esta terça-feira, a ministra da Saúde recusou a ideia de que o plano de Inverno para o SNS esteja a falhar.
Ana Paula Martins reconheceu, no entanto, que há tempos de espera demasiado elevados.