
Várias companhias aéreas europeias, incluindo a alemã Lufthansa e a Air France, suspenderam hoje os voos para Telavive até terça-feira, na sequência do ataque contra o aeroporto Ben-Gourion, noticiou a imprensa israelita.
O ataque com um míssil foi reivindicado pelos rebeldes houthis do Iémen e causou seis feridos ligeiros, além de ter interrompido as operações aeroportuárias durante cerca de uma hora.
O jornal The Times of Israel noticiou que as principais transportadoras europeias cancelaram os voos para Telavive durante as próximas 48 horas.
Além da Lufthansa e da Air France, também a espanhola Air Europa, a Austrian, a Swiss Airlines e a húngara Wizz Air tomaram a mesma decisão, segundo o jornal.
A British Airways decidiu suspender os voos até quarta-feira, alegando a segurança de clientes e tripulações.
"A segurança dos nossos clientes e da nossa tripulação é sempre a nossa prioridade", afirmou a companhia britânica num comunicado citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
"Estamos a monitorizar constantemente as condições de funcionamento e tomámos a decisão de suspender todos os nossos voos de e para Telavive até 07 de maio", acrescentou.
A Air India anunciou igualmente a suspensão dos voos para Telavive, mas até terça-feira.
"As nossas operações de e para Telavive estão suspensas, com efeito imediato, até 06 de maio, para garantir a segurança dos nossos clientes e do nosso pessoal", disse num comunicado.
O anúncio da Air India seguiu-se ao da Lufthansa, que também alegou a "situação atual" para suspender as operações com Telavive.
O grupo alemão integra, além da Lufthansa, as companhias Austrian, Brussels, Discover, Eurowings, Swiss e ITA Airways.
A Air Europa suspendeu hoje o voo regular de Madrid para Telavive, alegando "razões de segurança", segundo a imprensa israelita.
O jornal The Times of Israel noticiou que as ações da empresa israelita El Al e da companhia local de baixo custo Israir disparam à medida que as companhias aéreas estrangeiras anunciavam a suspensão dos voos.
As ações da El Al estavam a valorizar 6,9% e subiram quase 40% este ano, uma vez que a companhia aérea de bandeira tem gerado lucros recorde, beneficiando de serviços de voo ininterruptos durante o período de guerra.
As ações da Israir estavam a subir 3,8% desde o ataque ao aeroporto.
Após o ataque, o porta-voz militar dos houthis, Yahya Saree, advertiu "todas as companhias aéreas internacionais contra a continuação dos voos para o aeroporto Ben-Gurion, uma vez que este se tornou perigoso para o tráfego aéreo".
Saree disse que os rebeldes "visaram o aeroporto Ben-Gurion com um míssil balístico hipersónico que atingiu com sucesso o alvo", segundo um comunicado citado pela AFP.
O Governo israelita prometeu responder ao ataque e tinha em agenda duas reuniões para hoje sobre o Iémen e a Faixa de Gaza.