"Eles tinham 140 pontas de marfim e este facto acabou desencadeando a condução dos mesmos até ao comando distrital de Moatize", disse Feliciano da Câmara, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM), em Tete.

Segundo o porta-voz, os dois homens, de 26 e 30 anos, foram detidos na tarde de quarta-feira na estação ferroviária de Moatize, depois de um terceiro suspeito fugir ao ser interpelado por agentes da polícia em serviço no local.

A fuga do homem levantou suspeitas sobre a mercadoria na posse do grupo, avançou Feliciano da Câmara, referindo que o comboio seguia para a Beira, na província de Sofala, também no centro de Moçambique.

"Neste momento decorrem diligências para neutralizar o foragido", referiu o porta-voz, acrescentando que foram contactadas as autoridades que lidam com as áreas de conservação para perceber "onde e em que circunstâncias" as pontas de marfim terão sido extraídas.

A caça furtiva em Moçambique tem sido uma grave ameaça à vida selvagem, mas as autoridades estimam que o abate de elefantes tenha diminuído nos últimos anos, fruto dos esforços de fiscalização e conservação.

Segundo dados da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), Moçambique tem cerca de dez mil elefantes, que continuam a ser visados em ataques de caçadores furtivos, que procuram marfim para vender.

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