A embaixadora dos Estados Unidos na Ucrânia, Bridget Brink, demitiu-se após quase três anos no cargo, para que foi nomeada pelo ex-Presidente Joe Biden, confirmou esta sexta-feira a diplomacia norte-americana, elogiando o seu desempenho "excecional".

"A Embaixadora Brink serviu como embaixadora na Ucrânia durante três anos, durante um período de guerra . Durante estes três anos, teve um desempenho excecional, e desejamos-lhe tudo de bom", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, em comunicado.

O Departamento liderado por Marco Rubio não especificou a data exata em que a saída de Brink entrará em vigor, numa altura em que prosseguem contactos diplomáticos entre Washington e Moscovo na tentativa de alcançar um cessar-fogo geral para a Ucrânia.

Brink, uma diplomata de carreira, iniciou funções em Kiev em maio de 2022, meses depois de a Rússia ter iniciado a sua invasão.

A demissão de Brink, a primeira de um alto diplomata norte-americano desde que Trump tomou posse, acontece numa altura de mudança na política de Washington para a Rússia e a Ucrânia.

O Presidente Donald Trump tem vindo a aproximar-se do homólogo russo Vladimir Putin, distanciando-se da política do seu antecessor.

Biden havia prometido ao Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky toda a assistência necessária para combater a Rússia.

A 04 de abril, Brink condenou nas redes sociais um ataque russo que atingiu um parque na cidade natal de Zelensky, matando 11 adultos e nove crianças, e insistiu que a guerra tem de terminar.

No entanto, o presidente ucraniano criticou a embaixadora por não mencionar diretamente a Rússia na sua publicação.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.