A esquerda sofreu uma derrota significativa nas eleições legislativas antecipadas deste domingo. O Bloco de Esquerda (BE) foi um dos partidos mais penalizados, passando de cinco para um deputado no Parlamento, sendo representado apenas por Mariana Mortágua.

Na Edição da Noite da SIC Notícias, Catarina Martins descreveu a noite de domingo como "muito má" e considerou o resultado obtido pelo Bloco de Esquerda (BE) uma "derrota muito pesada".

"Há um grande problema à esquerda, por não ter conseguido manter um mínimo de resistência ao crescimento da direita e da extrema-direita", frisa.

Sobre a permanência de Mariana Mortágua na liderança do partido, acredita que esse deve continuar a ser o caminho, sublinhando que os resultados não são responsabilidade exclusiva da atual coordenadora do Bloco de Esquerda, mas sim de toda a estrutura do partido.

"Não gosto da ideia de fingirmos que quem protagonizou a campanha teve culpa, até porque a Mariana Mortágua fez uma boa campanha. Acho que este é um momento difícil para o BE e que o primeiro passo para nos reorganizarmos e repensarmos o futuro é reconhecer exatamente isso", destaca.

"AD foi a força política que venceu as eleições"

Do outro lado, Cecília Meireles vê com bons olhos os resultados alcançados pela Aliança Democrática (AD) e considera que Luís Montenegro sai reforçado destas eleições.

Defende que será preciso capacidade de diálogo com todos os partidos, especialmente o Partido Socialista (PS) e o Chega.

"Os políticos não podem amuar com o eleitorado e dizer: 'nós só falamos com uma parte do parlamento e não falamos com a outra'. Se há coisa que se percebe destas eleições, é que as pessoas desejam mudança", reforça.