Atores de desinformação estão a copiar a identidade visual e o tom editorial de meios de comunicação confiáveis para espalhar alegações falsas e dar-lhes uma aparência de legitimidade, revela um estudo desenvolvido pela NewsGuard's Reality Check.

"desde 2018 os malfeitores divulgaram 88 alegações falsas com base em notícias fabricadas que se passavam por 40 organizações de media confiáveis" alegou a mesma organização.

Para isso, os agentes de desinformação replicam a identidade visual e o tom dos meios tradicionais, explorando a credibilidade dessas organizações, de forma a aumentar as hipóteses de que a falsa narrativa se espalhe amplamente e com aparente credibilidade.

A investigação destaca que a grande maioria dessas campanhas (71,6%) teve origem em operações de influência russa com o objetivo de difundir desinformação anti-Ucrânia usando relatórios falsos com o estilo de veículos de comunicação como a BBC.

Outros casos identificados (19,3%) tiveram origem nos Estados Unidos da América e no Reino Unido, centrando-se principalmente na manipulação de gráficos e na divulgação de notícias falsas na área da política.

Além disso, oito publicações (9,1%) foram criadas por atores estatais iranianos usando táticas semelhantes às campanhas russas.

A NewsGuard identificou a BBC, CNN e USA Today como os meios de comunicação mais vezes falsificados pelos agentes de desinfomação. O estudo concluiu ainda que a lista de atores malignos tem origem principalmente em agentes do Governo russo.

A NewsGuard's Reality Check explora notícias e a forma como a desinformação se espalha 'online' e pretende descobrir as forças que moldam as narrativas falsas disseminadas na internet.