Washington instou os norte-americanos no Líbano a deixarem o país enquanto as opções comerciais continuam disponíveis, em plena intensificação do conflito entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah.
"Devido à natureza imprevisível do conflito em curso entre o Hezbollah e Israel e às recentes explosões em todo o Líbano, incluindo em Beirute, a embaixada dos EUA insta os cidadãos dos Estados Unidos a deixarem o Líbano enquanto as opções comerciais permanecem disponíveis", anunciou o Departamento de Estado.
Dezenas de aviões de combate israelitas realizaram este sábado intensos bombardeamentos contra o sul do Líbano, um reduto do Hezbollah, um dia após um ataque de Israel que decapitou a unidade de elite do movimento libanês e matou um total de 37 pessoas.
O mais recente balanço de vítimas do ataque israelita de sexta-feira a um bairro no sul de Beirute aponta para 37 mortes, entre eles três crianças, e 68 feridos, indicou hoje o ministro da Saúde libanês, Firass Abiad.
Esta escalada, que suscita receios de uma guerra em grande escala, levou o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, a cancelar a viagem à ONU em Nova Iorque, apelando ao "fim dos terríveis massacres israelitas".
O Hezbollah, um poderoso ator político e militar no Líbano, abriu uma frente com o país vizinho Israel em "apoio" ao Hamas, seu aliado, um dia após o início da guerra em Gaza desencadeada por um ataque sem precedentes por parte do movimento islâmico palestiniano, a 7 de outubro de 2023.
Israel jurou destruir o Hamas em Gaza e, nas últimas semanas, aumentou os ataques e ameaças contra o Hezbollah, cujos ataques com foguetes contra o norte de Israel, mesmo que a grande maioria sejam intercetados, forçaram dezenas de milhares de residentes a fugir.