A fisioterapeuta, Nicole Freitas, começou por explicar ao DIÁRIO-Saúde que muitas vezes estes acontecimentos, como é o caso do aumento de frequentadores de ginásios, “vêm um pouco por modas, mas neste caso é muito bom, porque faz bem à saúde”.

Apesar de ser uma opção saudável, pode “também dar azo às consequências negativas da prática desportiva”, começou por adiantar a profissional de saúde, sublinhando que “é realmente importante que as pessoas percebam que não é só ir para o ginásio e usar as máquinas”.

Antes de sequer começar no ginásio é importante haver uma avaliação, que pode ser feita tanto pelo fisioterapeuta ou por um profissional do desporto, de forma a saber quais são as alterações que a pessoa em questão tem, o que depois vai influenciar como o plano de treino é delineado. Nicole Freitas, fisioterapeuta

Levada a comentar quais são as lesões mais comuns entre os frequentadores destes espaços de treino, a fisioterapeuta referiu que existe maior prevalência em determinadas zonas do corpo, tendo enumerado diversas mazelas que ocorrem nos ombros, por serem sobrecarregados com movimentos repetitivos, na zona da lombar, “porque às vezes é difícil para as pessoas saberem fazer a activação correcta do core para a proteger”, podendo nesta última gerar em casos mais graves hérnias, que têm impacto no comprometimento nervoso, finalizando com os joelhos.

Questionada sobre quais são os exercícios mais propícios a gerar um problema físico, Nicole Freitas não hesitou a responder os agachamentos, “porque se for mal-executado pode causar lesões tanto nas costas, na lombar, como também nos joelhos”, tendo ainda apontado na entrevista presente no canal do DIÁRIO, no YouTube, as diversas máquinas que devem ser manuseadas com o devido cuidado.

Segundo a especialista, a causa das lesões pode variar entre má execução, excesso de carga, falta de aquecimento e, não menos importante, o alongamento, atribuindo a cada uma as consequências que pode gerar quando não são levados em consideração os pontos inicialmente referidos.

“Todas as lesões que não são tratadas logo de início, depois não podemos esperar a melhor das recuperações”, afirmou a profissional de saúde, explicando que sinais ajudam a diferenciar uma dor pós-treino da fadiga muscular e que consequências podem surgir se a primeira for ignorada.

A fisioterapia preventiva é uma aposta ganha, segundo Nicole Freitas, porque vai permitir “uma evolução mais contínua e não ter de parar o exercício físico, que é algo que depois desmotiva bastante.”

“O objectivo é prevenir, ou seja, que nem haja dor, nem lesão. Para isso temos de actuar muito na educação do paciente e ensinar estratégias para que possam pôr em prática”, referiu, explicando que permite ainda “que tenham um treino individualizado e que não estejam a fazer apenas o que os outros fazem e entendam o porquê disso. Promovendo desta forma melhores resultados.”

Saiba como activar o core, que permite prevenir diversas lesões, na demonstração deixada pela fisioterapeuta Nicole Freitas.