A missão de paz das Nações Unidas no sul do Líbano (FINUL) informou que uma patrulha com soldados franceses e finlandeses foi atacada no sábado com tiros "possivelmente de intervenientes não estatais", não tendo havido feridos. Em comunicado, a FINUL disse que a patrulha foi inicialmente confrontada com a recusa de um grupo de indivíduos (um deles armados) à sua liberdade de movimentos, isto enquanto patrulhavam a aldeia de Bedias, mas que conseguiu prosseguir no percurso planeado.

Cerca de uma hora depois, quando a patrulha acabava de atravessar a aldeia de Maarakeh, a leste da cidade de Tiro, "foi alvejada cerca de 40 vezes nas suas costas, provavelmente por intervenientes não estatais". O chefe da missão deu ordem para a patrulha sair rapidamente da área, sem abandonar a rota planeada, e ir em segurança para uma base da FINUL em Deir Kifa.

“Embora alguns veículos da patrulha tivessem buracos de bala, não houve feridos entre as forças de manutenção da paz”, esclareceu a missão, acrescentando que abriu uma investigação sobre o incidente e informou o Exército libanês do ocorrido.

A FINUL considera "inaceitável" que as suas forças sejam regularmente alvo de ataques enquanto desempenham tarefas ordenadas pelo Conselho de Segurança e afirma que estes episódios recordam a situação perigosa em que estes soldados operam diariamente no sul do Líbano. A FINUL diz ser responsabilidade das autoridades libanesas garantir que os membros da missão de paz possam realizar "sem medo ou ameaças" as tarefas que lhes foram confiadas.

Ministério da Saúde do Hamas atualiza para 43.846 número de mortos em Gaza

O Ministério da Saúde do governo do Hamas em Gaza atualizou o número de mortos no território palestiniano para os 43.846 desde o início da guerra com Israel, há mais de um ano.

Pelo menos 72 palestinianos foram mortos nas últimas horas em bombardeamentos israelitas contra vários edifícios residenciais na cidade de Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza, segundo o Governo do Hamas, que estima que, desde o início da guerra, 103.740 pessoas ficaram feridas na Faixa de Gaza.

De acordo com a entidade, os ataques deste domingo vitimaram ainda 24 pessoas nos campos de Nuseirat e Bureij. Segundo o comunicado, outros 60 habitantes de Gaza ficaram feridos nos dois ataques contra os campos de Nuseirat e Bureij, tendo algumas das vítimas sido levadas para o Hospital Al Awda e para o Hospital dos Mártires de Al Aqsa, na cidade central de Deir al-Balah.

No início de outubro, as tropas israelitas retomaram pela terceira vez a ofensiva contra o norte de Gaza, com o objetivo, segundo fontes militares, de impedir o Hamas de se reagrupar na zona. Desde então, cerca de dois mil palestinianos foram mortos, segundo os números locais, e os três principais hospitais da zona só funcionam parcialmente depois de terem sido atacados por forças israelitas.

Outras notícias:

⇒ O principal porta-voz do Hezbollah foi morto num ataque israelita em Beirute, no Líbano, segundo uma fonte do movimento pró-iraniano. Mohammed Afif foi uma figura especialmente visível após a escalada militar de Israel em setembro e após o assassinato do líder de longa data do Hezbollah, Hassan Nasrallah.

⇒ Papa Francisco pede investigação sobre genocídio em Gaza no seu novo livro "A esperança nunca desilude" e cujos primeiros excertos foram publicados no diário “La Stampa”, este domingo. "Segundo alguns especialistas, o que está a acontecer em Gaza tem características de genocídio. Deveria ser cuidadosamente investigado para determinar se se encaixa na definição técnica formulada por juristas e organismos internacionais", assinala o pontífice no livro.

⇒ O governo do Líbano condenou a morte de mais dois soldados libaneses em ataques israelitas e indicou que são já 36 os militares que morreram desde outubro do ano passado, devido ao conflito entre Israel e Hezbollah. Fonte militar disse à agência EFE que 35 desses 36 militares morreram desde o passado dia 23 de setembro, quando começou uma campanha de bombardeamentos de Israel ao Líbano.