A agência de notícias France-Press diz que há uma dezena de jornalistas que correm risco de vida em Gaza devido à falta de alimentos.

Em comunicado, na rede social X, a entidade que representa os profissionais diz que nunca um jornalista morreu de fome desde a fundação da agência, há 80 anos.

A France-Press trabalha com 10 jornalistas independentes na Faixa de Gaza. Um deles relatou nas redes sociais já não ter força para trabalhar e denunciou a falta de alimentos, água e condições de higiene.

A Sociedade dos Jornalistas apela a uma intervenção urgente para salvar a vida dos repórteres.

França pede acesso livre e independente dos media em Gaza

Esta terça-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros exigiu "acesso livre e independente dos media a Gaza para expor" o que se passa no território.

Questionado sobre este caso em específico dos jornalistas da France-Press, Jean-Noël Barrot diz que o Governo francês espera "poder retirar alguns jornalistas nas próximas semanas".

"Estamos a dedicar muito esforço e muita energia a esta questão", garantiu.

"Já não há justificação"

O ministro afirmou ainda que a França condena "com a maior veemência" a extensão "deplorável" da ofensiva israelita em Gaza, lançada na segunda-feira, "que irá agravar uma situação já catastrófica".

"Já não há justificação para as operações militares do exército israelita em Gaza. Esta ofensiva agravará uma situação já catastrófica e provocará mais deslocações forçadas de populações, o que condenamos com a maior veemência", acrescentou.

O ministro disse ainda que a França pede "um cessar-fogo imediato, a libertação de todos os reféns do Hamas, que devem agora ser desarmados, e o acesso irrestrito de ajuda humanitária a Gaza".

Com Lusa