Os trabalhadores da Algar, empresa responsável pelo tratamento e valorização de resíduos no Algarve, iniciam esta segunda-feira uma greve de dois dias em protesto contra as respostas da empresa ao caderno reivindicativo apresentado para 2025.

A greve vai realizar-se entre as 00:00 de hoje e as 24:00 de terça-feira, abrangendo também todo o trabalho suplementar entre as 00:00 do passado sábado e as 24:00 de terça-feira, último dia da paralisação, segundo o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SiteSul).

Nos dois dias de greve, os trabalhadores vão concentrar-se nos dois dias de greve, a partir das 07:00, junto às portarias da estação de transferência Faro-Loulé e do aterro sanitário do barlavento, em Portimão, duas das principais estruturas utilizadas pela Algar para o tratamento de resíduos sólidos.

Segundo o SiteSul, a proposta apresentada pela Algar de aumento salarial de 2% para todos os trabalhadores, a não atualização do subsídio de refeição e a falta de "propostas concretas e objetivas" a outras matérias do caderno reivindicativo levaram os trabalhadores à paralisação.

Nos plenários realizados em dezembro, os trabalhadores reagiram com "descontentamento e mal-estar" às respostas da empresa ao caderno reivindicativo para 2025 em matérias como o aumento salarial, a atualização do subsídio de refeição, a atribuição de um subsídio de insalubridade, a revisão de valores do trabalho suplementares ou da tabela salarial e progressões.

Entre as principais reivindicações dos trabalhadores está a aprovação de "aumentos dignos dos salários para todos os trabalhadores", a atualização do subsídio de refeição, a criação do subsídio de insalubridade, penosidade e risco, o aumento dos valores do trabalho suplementar, a negociação da tabela salarial, carreiras profissionais e progressões, entre outras.

A Algar, que pertence ao Grupo Mota-Engil, faz o tratamento dos resíduos sólidos nos 16 municípios do distrito de Faro.