O Presidente argentino expressou hoje o seu pesar pela morte de Francisco, lembrando primeiro Papa argentino e destacando a sua "luta incansável para proteger a vida desde a conceção".

"O gabinete do Presidente, Javier Milei, lamenta a morte do Papa Francisco, Jorge Mario Bergoglio, que se tornou, em 2013, no primeiro argentino a chegar à liderança da Igreja Católica, conduzindo-a "com entrega e amor desde o Vaticano", escreveu a presidência argentina numa publicação divulgada através do seu perfil da rede social X.

"A República Argentina, país de longa tradição católica e berço do Papa Francisco, lamenta profundamente o falecimento de Sua Santidade e envia as suas condolências à família Bergoglio. O Presidente da nação solidariza-se com todos aqueles que professam a fé católica e que encontraram no pontífice um guia espiritual neste triste momento", acrescenta o comunicado.

Milei, que durante a campanha presidencial criticou duramente Francisco e chegou a referir-se ao Papa como "o representante do mal na terra", mudou o seu tom após assumir o cargo, em dezembro de 2023, e até teve um encontro cordial com o Papa no Vaticano, em fevereiro de 2024.

O texto divulgado hoje pela Presidência argentina afirma que "o presidente Javier Milei destaca a luta incansável do papado de Francisco para proteger a vida desde a conceção, promover o diálogo inter-religioso e aproximar a vida espiritual e virtuosa dos jovens".

Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.