Em conferência de imprensa no espaço da IL em Lisboa, Rui Rocha foi questionado se o partido admite integrar, nas listas que irá apresentar às legislativas, candidatos que irão novamente às urnas num futuro próximo, como é o caso da líder parlamentar do partido, Mariana Leitão, que já foi anunciada como candidata à Presidência da República.

"No que diz respeito às presidenciais, é uma candidatura pessoal, por um lado, mas, da minha parte, estou absolutamente seguro de que a Mariana Leitão é um quadro muito importante da IL e, portanto, deve constar dessas listas de deputados", afirmou.

Interrogado se isso não significa que está a admitir que Mariana Leitão irá ser derrotada nas eleições presidenciais, Rui Rocha respondeu: "Não, eu não estou a assumir nenhuma derrota".

"O que eu espero é que a Mariana Leitão ganhe duas vezes: tenha um excelente resultado nas legislativas, integrada nas listas da IL, e que depois tenha um excelente resultado nas presidenciais. É o meu desejo e não me parece incompatível uma coisa com a outra. Pelo contrário, parece-me até perfeitamente possível", disse.

No que se refere às autárquicas, Rui Rocha disse que o partido decidiu suspender a atividade sobre essa matéria, apesar de ressalvar que isso não significa que, "no terreno, as equipas não continuem a trabalhar".

"Parece-nos que estas eleições são fundamentais para o país e para o partido e, portanto, não faz sentido estar a sobrepor atividades. Faremos as legislativas e depois tomaremos as decisões pertinentes relativamente às autárquicas", indicou.

Questionado sobre os prazos do partido para apresentar as listas de candidatos a deputados e o programa eleitoral, Rui Rocha disse que, relativamente às listas, pretende apresentá-las ao Conselho Nacional "entre o final do mês e os primeiros dias de Abril", sendo a data indicativa o dia 30 de março.

Relativamente ao programa eleitoral, Rui Rocha referiu que pretende apresentá-lo antes dos debates televisivos, que disse prever que arranquem a 21 de abril.

"Seguramente a IL, antes disso, uns dias antes disso, apresentará o seu programa eleitoral, irá aos debates já com o programa eleitoral apresentado para que o possamos defender, por um lado, mas que também outros partidos possam fazer o seu exercício crítico relativamente a esse programa", referiu.

Nesta conferência de imprensa, Rui Rocha foi ainda questionado se a IL considera que a Assembleia da República deve organizar este ano a sessão solene do 25 de Abril, apesar da sua dissolução.

Na resposta, o líder da IL disse achar que o país "já está a ser prejudicado de muitas formas com esta eleição", dando o exemplo da economia, que se vai ressentir "porque há decisões que não são tomadas".

"Era o que faltava que os portugueses ficassem privados também e o próprio país das celebrações do dia da liberdade. É um dia fundador, é um dia fundamental para os portugueses e nós tudo faremos para que ele seja celebrado com dignidade", disse, acrescentando ainda que a IL irá voltar a integrar o tradicional desfile da Avenida da Liberdade no dia 25 de Abril e estará "institucionalmente ao lado de todas as decisões que permitam assinalar o dia com propriedade".

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