A imigração ilegal na Europa caiu 30% nos primeiros três meses do ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Foram contabilizadas menos 33.600 travessias irregulares nas principais rotas migratórias do continente.

Os dados foram divulgados pela Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex) através de um comunicado.

A maior queda (64%) foi registada nas rotas que cruzam a região dos Balcãs, em países como a Albânia, Sérvia, Montenegro e Macedónia do Norte.

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A organização Human Rights Watch atribui esta redução às políticas europeias que ignoram as violações de direitos humanos em países do norte de África como a Líbia e a Tunísia.

“Não se trata apenas de estatísticas. Não nos podemos esquecer que isto tem um custo: há pessoas que estão a morrer afogadas no Mediterrâneo, há pessoas espancadas na fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia e estão a ser enviadas de volta para a Bielorrússia; são pessoas que estão a ficar presas em vários pântanos, florestas e desertos dentro e nos arredores da UE”, disse Judith Sunderland, da Human Right Watch ao jornal britânico The Guardian.

“Há um custo humano enorme por trás dos números", afirmou.

A Frontex concluiu que o Mediterrâneo Oriental e a África Ocidental são as rotas mais movimentadas este ano e destacou ainda que as principais nacionalidades identificadas nos primeiros três meses de 2025 foram: afegã, maliense e bengalesa.

Quase uma criança morre ou desaparece (todos os dias) no Mediterrâneo

Cerca de 3.500 crianças morreram ou desapareceram na última década, ou seja, quase uma por dia, quando tentavam atravessar o Mediterrâneo Central entre o Norte de África e Itália, calculou a Unicef num relatório esta terça-feira divulgado.

A agência das Nações Unidas baseia este número na proporção de crianças que chegam a solo europeu através desta rota migratória - uma em cada seis - face às 20.800 pessoas que morreram ou desapareceram nos últimos 10 anos.